LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

Classificada como uma neoplasia mieloproliferativa, a leucemia mieloide crônica (LMC) afeta principalmente adultos, ocorrendo com maior frequência entre os 40 e 50 anos. A LMC é uma doença hematopoiética clonal, que envolve uma translocação cromossômica específica conhecida como t(9;22)(q34;q11), resultando no cromossomo Philadelphia (Ph). Esta translocação gera um gene de fusão BCR-ABL1, que codifica uma tirosina quinase constitutivamente ativa, levando à proliferação descontrolada das células mieloides.

Devido à evolução insidiosa da LMC, o diagnóstico é frequentemente feito de forma acidental. Quando presentes, os sinais e sintomas geralmente incluem fadiga, perda de peso e esplenomegalia.A principal alteração ocorre no hemograma que apresenta leucocitose com desvio à esquerda, com células granulocíticas bem diferenciadas passando por todas as formas precursoras granulocíticas podendo se estender até mieloblastos.Um indicativo da progressão da doença é a presença de basofilia e eosinofilia, pode ocorrer também, plaquetose >600 x 10³/mm³, além de anemia normocítica e normocrômica.

leucemia mieloide crônica
Esfregaço típico de um paciente com LMC, mostrando um aumento em quase todas as linhagens mieloides, particularmente nas de granulócitos basofílicos e neutrofílicos. Fonte Cellwiki – disponível em: https://www.cellwiki.net/en/pathology/myeloid-chronic-cml-4

O diagnóstico da LMC inicial se dá através de aspectos clínicos e hematológicos. Atualmente há avanço de técnicas cada vez mais sensíveis e específicas na identificação citogenética e molecular do cromossomo Filadélfia, do gene BCR-ABL e seus produtos, sendo assim técnicas padrão ouro para diagnóstico. A utilização do hemograma é um  exame de triagem para novos casos, sendo fundamental para a suspeita médica.

Alguns pacientes podem progredir para a fase acelerada da doença, apresentando piora das alterações laboratoriais e clínicas. Com a evolução da doença, um dos principais critérios de identificação da crise blástica é a contagem de blastos. 

A morfologia celular e a imunofenotipagem são ferramentas essenciais para o diagnóstico e monitoramento da LMC. Com o advento dos inibidores de tirosina quinase, o tratamento da LMC tornou-se altamente eficaz, transformando o prognóstico de uma doença anteriormente fatal em uma condição crônica manejável.

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Referências

Doenças que alteram os exames hematológicos / Flávio Augusto Naoum. – 2. ed. –

Rio de Janeiro: Atheneu, 2017

BOLLMANN, Patricia Weinschenker; GIGLIO, Auro del. Leucemia mieloide crônica: passado, presente, futuro. Einstein (São Paulo), v. 9, p. 236-243, 2011.

Swerdlow SH, Campo E, Harris NL, Jaffe ES, Pileri SA, Stein H, Thiele J, Vardiman JW. WHO Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues. Lyon: IARC Press; 2008. 

SOSSELA, Fernanda Roberta; ZOPPAS, Barbara Catarina de Antoni; WEBER, Liliana Portal. Leucemia Mieloide Crônica: aspectos clínicos, diagnóstico e principais alterações observadas no hemograma. RBAC, v. 49, n. 2, p. 127-30, 2017.

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