Autor: Jaqueline

  • Anemia ferropriva na gestação

    Anemia ferropriva na gestação

    A gravidez provoca uma reorientação significativa nas propriedades fisiológicas e anatômicas da gestante, resultando em alterações nos componentes sanguíneos. Esse estado gera uma pressão considerável sobre o organismo, tornando essencial a compreensão das alterações fisiológicas que ocorrem no sangue para interpretar corretamente a necessidade de intervenções terapêuticas. 

    Certamente, indicadores hematológicos, como a contagem de eritrócitos, os níveis de hemoglobina e o hematócrito, costumam diminuir drasticamente a partir do segundo trimestre de gestação, e essas variações não podem ser analisadas sem considerar os impactos fisiológicos da gestação. Além disso, há uma supressão da função imunológica, tanto humoral quanto celular, à medida que o corpo materno adapta-se para acolher o feto, o que torna ainda mais complexa a avaliação e a intervenção durante este período.

    DEFINIÇÃO

    A anemia é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, afetando principalmente mulheres, crianças e pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis, com destaque para os países em desenvolvimento. 

    Essa condição é caracterizada pela redução da hemoglobina (HB) no sangue, podendo ser causada por diminuição na produção, aumento da destruição dos eritrócitos ou hemorragias. A redução pode culminar em deficiências nutricionais, como ferro, vitamina B12 ou folato, ou ainda de problemas na medula óssea ou doenças crônicas. A nível mundial, cerca de 50% da população que encontra-se nesse processo gestacional apresenta  quadro anêmico. 

    A forma mais prevalente é a anemia ferropriva, causada pela carência de ferro, que resulta na diminuição da hemoglobina, afetando a capacidade de transporte de oxigênio aos tecidos. Em gestantes, estima-se que 41% sofram de anemia, com metade desses casos sendo ferroprivos. 

    Além disso, gestantes adolescentes estão ainda mais vulneráveis, pois seu organismo precisa de mais nutrientes para sustentar tanto o seu desenvolvimento quanto o do feto que está sendo gerado.

    ANEMIA FERROPRIVA NA GESTAÇÃO

    Esse tipo de anemia trata-se de uma das principais deficiências nutricionais no mundo, com alta prevalência em diversas populações. Durante a gestação, além da expansão do volume sanguíneo, há um aumento na demanda de ferro para suprir as necessidades do feto. Poucas mulheres iniciam a gestação com estoques adequados de ferro, o que aumenta os riscos de mortalidade materna e infantil.

    Durante a gestação, o volume sanguíneo da mulher aumenta para fornecer oxigênio adequado ao feto em crescimento. Este aumento resulta em maior demanda por ferro, principalmente a partir do segundo trimestre, quando a necessidade de ferro para o desenvolvimento fetal é mais significativa.

    CAUSAS DA ANEMIA FERROPRIVA NA GESTAÇÃO:

    As principais causas de anemia ferropriva na gestação incluem:

    Aumento das necessidades de ferro: A gestante precisa de cerca de 27 mg de ferro/dia, com maiores exigências em gestações múltiplas ou de alto risco.

    Baixo consumo alimentar de ferro: Dietas inadequadas, com pouca ingestão de alimentos ricos em ferro, como carnes e leguminosas, contribuem para a deficiência.

    Perdas de ferro: O aumento do volume sanguíneo e hemorragias leves durante a gestação podem reduzir os níveis de ferro.

    Distúrbios gastrointestinais: Problemas como má absorção ou uso excessivo de antiácidos dificultam a absorção de ferro, agravando a deficiência.

    SINAIS E SINTOMAS

    Os sintomas da anemia ferropriva podem ser sutis, mas são importantes para o diagnóstico precoce. Gestantes com anemia ferropriva podem apresentar: cansaço excessivo, fraqueza, palidez, dificuldade de concentração,  falta de ar, tontura, dores de cabeça, baixo apetite. Em estágios mais graves, a anemia pode aumentar o risco de complicações durante a gestação, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e até mesmo risco aumentado de morte fetal.

    DIAGNÓSTICO

    O diagnóstico da anemia ferropriva é feito com base em exames de sangue. A dosagem de hemoglobina e hematócrito são os principais exames utilizados para identificar a anemia. Para confirmar a deficiência de ferro, pode-se realizar testes adicionais, como a dosagem de ferritina, ferro sérico e capacidade de ligação do ferro. O valor de hemoglobina recomendado para uma gestante é de 11 g/dL. Quando esse valor é inferior, a gestante é considerada anêmica. A anemia ferropriva é confirmada com a baixa dos níveis de ferritina, que é a principal proteína de armazenamento do ferro no organismo.

    CONCLUSÃO

    A anemia ferropriva é uma condição tratável, mas que exige atenção especial durante a gestação. A prevenção e o tratamento adequado são essenciais para garantir a saúde da mãe e do feto. O acompanhamento médico regular, a suplementação de ferro e uma alimentação equilibrada são as melhores estratégias para prevenir e tratar a anemia ferropriva na gestação. 

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    Referências:

    LOTE, Joana Marta Fernandes. Alterações hematológicas na gravidez. 2012. Dissertação de Mestrado

    TEODORO, Lucimara et al. Avaliação da anemia gestacional no contexto da gestante domiliciante de zona rural. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 2, p. 1151-1171, 2019.

    LINDOSO, Luciana Gomes Ferreira. A importância do pré-natal na prevenção de ocorrência da anemia ferropriva gestacional. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 8, p. 58-68, 2022.

  • INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS

    INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS

    A identificação de inclusões eritrocitárias representa um importante recurso diagnóstico dentro da morfologia hematológica, isso porque identificá-las corretamente é fundamental para auxiliar no diagnóstico de diversas condições clínicas. Desde anemias simples até distúrbios hematológicos mais graves, essas estruturas fornecem pistas valiosas que orientam o clínico na tomada de decisões.

    Pontilhado Basófilo:

    O pontilhado basófilo corresponde à presença de grânulos azulados finos e irregulares no citoplasma das hemácias, evidenciados por colorações supravitais como o azul de cresil brilhante. Esses grânulos representam agregados de ribossomos e mitocôndrias, refletindo distúrbios na síntese proteica ou na degradação de RNA durante a eritropoiese. Sua presença é observada em diversas condições clínicas, como anemias hemolíticas, intoxicação por chumbo, síndromes mielodisplásicas, leucemias e anemias megaloblásticas.

    Anel de Cabot:

    Os anéis de Cabot são inclusões raras nos eritrócitos que acredita-se serem originadas de restos do fuso mitótico alterado durante a eritropoiese. Apresentam-se como finos anéis ou figuras em oito, com coloração azul-violácea. Estão associados à diseritropoiese e podem ser observados em anemias megaloblásticas, intoxicação por chumbo, anemias severas, doenças mielodisplásicas, leucemias e em pacientes pós-esplenectomia.

    Corpos de Heinz:

    Os corpos de Heinz são inclusões eritrocitárias formadas por polipeptídeos da hemoglobina desnaturada que se aderem à membrana dos eritrócitos. São mais comuns em portadores de hemoglobinas instáveis e em pacientes esplenectomizados, apresentando aspecto mais grosseiro se for comparar com reticulócitos. Podem surgir por causas adquiridas, como exposição a agentes oxidantes (medicações ou poluentes), ou hereditárias, como hemoglobinas instáveis, meta-hemoglobinemias e deficiências enzimáticas (G6PD, catalase e SOD).

    Cristais de Hemoglobina:

    O cristal de hemoglobina C é uma estrutura de formato hexagonal, observado dentro e fora das hemácias, com coloração mais densa e escura que os eritrócitos. Está associado à hemoglobina C, uma variante resultante da substituição do ácido glutâmico por lisina na cadeia beta da globina. Na forma homozigótica da hemoglobinopatia C, esses cristais estão frequentemente presentes, sendo uma das principais características da doença.

    HOWELL-JOLLY:

    O corpúsculo de Howell-Jolly é um fragmento de material nuclear residual, formado por um cromossomo que se separou do fuso mitótico devido a uma divisão celular anormal e incompleta. Essa inclusão indica falhas na maturação do núcleo durante a eritropoiese e é geralmente observada em situações de esplenectomia ou hipofunção esplênica e anemias.

    Fonte: ASH Image Bank

    Pappenheimer:

    Os corpúsculos de Pappenheimer são pequenas inclusões eritrocitárias irregulares presentes nos eritrócitos, formadas por resíduos de ferro, como mitocôndrias e ribossomos carregados de ferro, agregados de ferritina ou fagossomos com ferritina. São visualizados com coloração de Perls (azul da Prússia) e estão associados a distúrbios do metabolismo do ferro, anemias sideroblásticas, talassemia maior, esplenectomia e outras condições hematológicas.

    Corpos de Döhle:

    Os corpos de Döhle são inclusões azul-acinzentadas no citoplasma dos neutrófilos, formadas pela liquefação do retículo endoplasmático. Localizam-se geralmente na periferia da célula e estão associados a infecções, inflamações, queimaduras, gestação, uso de G-CSF e GM-CSF, e síndromes mielodisplásicas.

    Fonte: Cellwiki.

    Corpúsculos de May-Hegglin:

    Os corpúsculos de May-Hegglin são inclusões citoplasmáticas azuladas, presentes principalmente nos neutrófilos, e mais difíceis de visualizar em eosinófilos e basófilos devido à densidade dos grânulos. Estão associados a uma condição genética hereditária autossômica dominante, resultante da destruição do retículo endoplasmático e contendo RNA. Sua presença geralmente acompanha macroplaquetas, plaquetas gigantes e plaquetopenia.

    O conhecimento sobre as inclusões eritrocitárias é de extrema importância para o profissional das análises clínicas, uma vez que esses achados morfológicos podem fornecer pistas diagnósticas valiosas e, muitas vezes, decisivas. 

    É por isso que, na pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica do INML, o profissional tem a oportunidade de aprofundar e dominar esse conhecimento, desenvolvendo um olhar técnico e criterioso para a avaliação hematológica, o que eleva significativamente a qualidade dos laudos emitidos e a sua atuação no laboratório clínico.

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    Referências:

    DA SILVEIRA, Cristina Magalhães. Laboratório de Hematologia–teorias, técnicas e atlas. Editora Rubio, 2020. 

    DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015. 

    OLIVEIRA, Raimundo Antônio Gomes. Hemograma: Como fazer e interpretar. 1ª edição. Editora LMP, 2007.

  • ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS DO FIBRINOGÊNIO

    ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS DO FIBRINOGÊNIO

    O fibrinogênio é uma glicoproteína fundamental para a coagulação sanguínea, atuando na formação da rede de fibrina que estabiliza o coágulo. Alterações hereditárias na síntese ou função do fibrinogênio podem comprometer a hemostasia, resultando em condições hemorrágicas ou trombóticas. Mas o que exatamente essas alterações significam?

    Classificação das alterações hereditárias do fibrinogênio:

    As deficiências congênitas do fibrinogênio são divididas em duas categorias principais:

    1) Alterações quantitativas: A redução da concentração de fibrinogênio pode gerar complicações. Existem duas condições principais:

    Afibrinogenemia: Doença rara caracterizada pela ausência quase completa de fibrinogênio no sangue. Pode ser detectada logo após o nascimento, com sangramentos intensos, como o sangramento do cordão umbilical. Apesar da gravidade, algumas pessoas podem permanecer assintomáticas até fases mais avançadas da vida. 

    Hipofibrinogenemia: Nesta condição, a quantidade de fibrinogênio está abaixo dos níveis normais, mas não ausente. Complicações costumam surgir quando os níveis ficam abaixo de 50 mg/dL, especialmente em situações de trauma ou pós-operatórios. 

    2) Alterações qualitativas: Nessas condições, a estrutura do fibrinogênio está alterada, mesmo que sua concentração seja normal. 

    Disfibrinogenemia: A molécula do fibrinogênio apresenta funcionamento anormal, podendo provocar tanto sangramentos quanto tromboses. Curiosamente, muitos pacientes são assintomáticos. 

    Hipodisfibrinogenemia: Associa uma produção reduzida de fibrinogênio com defeito funcional. Os sintomas são variados e dependem da gravidade da alteração.

    Como diagnosticar essas condições?

    A investigação laboratorial dessas alterações envolve testes de coagulação e dosagem específica do fibrinogênio. 

    • Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA): podem estar alterados em casos de deficiência funcional;
    • Tempo de Trombina (TT): é um dos testes mais sensíveis para alterações no fibrinogênio, embora pouco específico;
    • Dosagem de fibrinogênio: feita por métodos funcionais (atividade) ou imunológicos (quantidade), permite diferenciar entre defeitos quantitativos e qualitativos. 

    Diagnóstico diferencial – Apesar das deficiências do fibrinogênio serem raras, é crucial diferenciá-las de outras coagulopatias hereditárias, como a deficiência do fator XIII, que também pode provocar sangramentos ao nascimento.

    A importância do diagnóstico precoce:

    Mesmo sendo condições incomuns, as alterações hereditárias do fibrinogênio têm grande relevância clínica. A correta identificação do tipo de alteração é essencial para orientar o tratamento e prevenir complicações graves. Estar atento aos avanços nos testes laboratoriais e terapias disponíveis garante um cuidado mais preciso ao paciente.

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    Referências:

    BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de tratamento das coagulopatias hereditárias. 1. ed., 1. reimp. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

    NAOUM, Flavio Augusto. Doenças que Alteram os Exames Hematológicos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.

  • ANEMIA NO HIPOTIREOIDISMO

    ANEMIA NO HIPOTIREOIDISMO

    O hipotireoidismo é uma condição mais comum entre mulheres, caracterizada pela produção inadequada de hormônios pela glândula tireoide, afetando o metabolismo. Embora o impacto principal seja sobre o sistema endócrino, essa condição também pode interferir no sistema hematológico, resultando em anemia. A anemia no hipotireoidismo é uma complicação frequentemente subdiagnosticada.

    O hemograma, um exame simples, desempenha um papel crucial na identificação e diferenciação desse tipo de anemia, ajudando no direcionamento do tratamento adequado.

    Hipotireoidismo e seus efeitos no hemograma:

    O hipotireoidismo afeta diretamente a produção de glóbulos vermelhos, já que os hormônios tireoidianos são necessários para a eritropoese, o processo de formação das hemácias. Com a diminuição desses hormônios, a medula óssea torna-se menos eficiente na produção de células sanguíneas. 
    Além disso, muitos pacientes com hipotireoidismo apresentam deficiências nutricionais, como deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, que podem agravar o quadro anêmico. Essas deficiências afetam a produção e maturação das hemácias, contribuindo para diferentes tipos de anemia.

    Tipos de anemia associados ao hipotireoidismo:

    • Anemia normocítica: A forma mais comum no contexto de hipotireoidismo. Nesse tipo, o Volume Corpuscular Médio (VCM) permanece normal, mas a quantidade de hemácias é insuficiente devido à baixa produção pela medula óssea. 
    • Anemia microcítica e hipocrômica: A deficiência de ferro é uma causa frequente de anemia em pacientes hipotireoidianos. A absorção de ferro pode ser comprometida pela redução da acidez gástrica, característica do hipotireoidismo, resultando em uma anemia microcítica. 
    • Anemia macrocítica: Em alguns casos, a falta de vitamina B12 ou ácido fólico pode resultar em anemia macrocítica, com células sanguíneas de tamanho aumentado. Esse tipo de anemia é mais frequentemente associado a problemas de absorção intestinal, comuns em pessoas com hipotireoidismo. 

    E qual o papel do hemograma no diagnóstico?

    O hemograma é a porta inicial para identificar e diferenciar os tipos de anemia no hipotireoidismo. Parâmetros como o Volume Corpuscular Médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) fornecem informações cruciais sobre o tipo de anemia e suas possíveis causas. A contagem de reticulócitos permite de forma complementar verificar a atividade de produção da medula.

    Tratamento e correção da anemia no hipotireoidismo:

    O tratamento para a anemia associada ao hipotireoidismo é principalmente baseado na reposição hormonal com levotiroxina, que normaliza os níveis de hormônios tireoidianos e melhora a eritropoese. 

    Embora o tratamento hormonal seja eficaz, a normalização dos parâmetros hematológicos pode levar algum tempo, com a normalização do VCM geralmente ocorrendo entre três a quatro meses após o início da reposição hormonal. Em casos de deficiência nutricional adicional, como ferro ou vitaminas, a suplementação pode ser necessária.

    Conclusão

    A anemia no hipotireoidismo é uma complicação importante que exige atenção. O diagnóstico precoce, utilizando o hemograma e outros exames laboratoriais, é fundamental para guiar o tratamento adequado. A reposição hormonal é a chave para corrigir a deficiência de hormônios tireoidianos e melhorar os parâmetros hematológicos, mas o monitoramento contínuo é importante para garantir uma resposta eficaz e evitar complicações.  

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    Referências:

    NAOUM, Flávio. Doenças que alteram os exames hematológicos. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2017.
    ZAGO, Marco Antonio et al. Tratado de hematologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2014.


  • ERITRÓCITOS: FUNÇÃO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL

    ERITRÓCITOS: FUNÇÃO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL

    Os eritrócitos, também conhecidos como hemácias, são células anucleadas, responsáveis pelo transporte de oxigênio aos tecidos, e para a remoção de dióxido de carbono do corpo. Produzidos na medula óssea através da eritropoiese, esses glóbulos vermelhos passam por um processo rigoroso de maturação, que inclui a perda do núcleo na fase de eritroblasto ortocromático. Após essa etapa, eles se tornam reticulócitos, que são liberados na circulação sanguínea.

    Eritrócitos em lâmina. Fonte: CellWiki.

    A estrutura bicôncava das hemácias e a ausência de organelas favorecem sua função primária, que é maximizar a capacidade de transporte gasoso. No entanto, essas características também impõem um tempo de vida limitado, geralmente em torno de 120 dias. Ao final de seu ciclo, os eritrócitos envelhecidos perdem flexibilidade e são fagocitados por macrófagos localizados no baço, fígado e medula óssea.

    Impacto das alterações no ciclo eritrocitário:

    Alterações no seu ciclo de formação pode resultar em patologias hematológicas graves, como as anemias hemolíticas. Essas condições podem ter causas intrínsecas, como defeitos na membrana, hemoglobinopatias e deficiências enzimáticas, ou causas extrínsecas, como doenças autoimunes, infecções ou exposição a toxinas. Quando a destruição acelerada dos eritrócitos ocorre, isso pode levar a um aumento da bilirrubina indireta, elevação dos níveis de desidrogenase lática (LDH) e diminuição da haptoglobina, que são importantes indicadores laboratoriais de hemólise.

    Comparação com outras células sanguíneas:

    Em comparação com outras células sanguíneas, os eritrócitos possuem uma longevidade significativamente mais longa:

    • Neutrófilos: Vivem de 6 a 10 horas na circulação periférica, podendo sobreviver de 1 a 2 dias nos tecidos, especialmente durante processos inflamatórios.
    • Linfócitos: Sua longevidade varia de dias a anos, dependendo da ativação e do ambiente imunológico. Linfócitos T e B podem se diferenciar em células de memória com duração prolongada, que podem perdurar por anos.
    • Monócitos: Circulam por 20 a 40 horas antes de migrar para os tecidos, onde se transformam em macrófagos. Os macrófagos podem sobreviver por meses a anos, dependendo do ambiente e da função imunológica.
    • Plaquetas: Têm uma vida útil de cerca de 10 dias, sendo essenciais para a hemostasia.

    Essas diferenças nos tempos de vida refletem as funções específicas e as exigências de cada célula para o organismo. Enquanto as hemácias necessitam de um tempo de vida relativamente longo para garantir a eficiência no transporte de oxigênio, outras células, como os neutrófilos, são removidas rapidamente para responder a infecções e processos inflamatórios.

    Relevância para a prática laboratorial:

    A avaliação dos eritrócitos é um componente essencial na rotina dos laboratórios de análises clínicas. Alterações morfológicas, variações nos índices hematimétricos e parâmetros bioquímicos, como a evidência de eritrofagocitose, são importantes para o diagnóstico diferencial de anemias e outras condições hematológicas. 

    O estudo contínuo dos mecanismos de produção, metabolismo e destruição das hemácias contribui para o aprimoramento dos diagnósticos laboratoriais e terapêuticos, assegurando abordagens mais precisas e eficazes no manejo de doenças hematológicas.

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    Referências:

    HOFFBRAND, Victor; MOSS, Paul A. H. Fundamentos em Hematologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

  • HIPOGRANULAÇÃO LEUCOCITÁRIA

    HIPOGRANULAÇÃO LEUCOCITÁRIA

    A hipogranulação leucocitária é uma alteração morfológica observada principalmente em neutrófilos e bastonetes, e que também pode ocorrer em outros granulócitos. Essa característica pode estar associada a distúrbios hematológicos graves, como síndromes mielodisplásicas, ou surgir como consequência de fatores adquiridos. Sua identificação no laboratório é fundamental para um diagnóstico preciso e diferenciado.

    Causas e condições associadas a hipogranulação:

    Essa alteração pode estar presente em diferentes condições, incluindo:

    • Síndromes mielodisplásicas;
    • Leucemias mieloides agudas;
    • Uso de fatores estimuladores de colônias de granulócitos;
    • Deficiências na formação de grânulos específicos.

    Neutrófilos hipogranulares em SMD.

    Aspectos morfológicos e diagnóstico laboratorial:

    No esfregaço sanguíneo, os neutrófilos hipogranulares apresentam citoplasma homogêneo e pálido. A análise é realizada por meio de:

    • Correlação com outros achados hematológicos, essencial para avaliar a gravidade e coerência da alteração;
    • Investigação complementar, como citometria de fluxo, para aprofundar a análise celular.

    Implicações funcionais ocasionados pela hipogranulação:

    A hipogranulação pode comprometer a resposta imunológica, reduzindo a capacidade destrutiva dos neutrófilos, tanto para agentes que podem ser fagocitados, ou com uso da degranulação (agentes não fagocitados), esta deficiência torna os pacientes mais suscetíveis a infecções. 

    E qual a importância disso na prática? 

    Identificar a hipogranulação leucocitária no laboratório ajuda a diferenciar doenças hematológicas e pode direcionar melhor a conduta clínica. Notar essa alteração cedo pode fazer a diferença no manejo do paciente, permitindo decisões mais assertivas.

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    Referências:

    BAIN, Barbara J. Células Sanguíneas: Um Guia Prático. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

    MELO, Márcio; SILVEIRA, Cristina Magalhães da. Laboratório de Hematologia: Teorias, Técnicas e Atlas. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

    RACANELLI, Ana Paula et al. Alterações morfológicas no hemograma nas síndromes mielodisplá-fisicas: sua relação com os tipos OMS e as alterações encontradas na imunofenotipagem. J Health Sci Inst., São Paulo, v. 32, n. 1, p. 12-17, 2014.

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia Laboratorial: Teoria e Procedimentos. Porto Alegre: Artmed, 2016.

  • EOSINÓFILOS E ALERGIA: O PAPEL NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

    EOSINÓFILOS E ALERGIA: O PAPEL NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

    Os processos alérgicos são respostas imunológicas exacerbadas a substâncias geralmente inofensivas ao organismo, denominadas alérgenos. Essas reações são mediadas pela imunoglobulina E (IgE) e envolvem também a ativação de mastócitos, resultando na liberação de mediadores inflamatórios, como a histamina.

    Dentre as alterações hematológicas associadas a essas reações, destaca-se a eosinofilia, caracterizada pelo aumento do número de eosinófilos em circulação.

    Mecanismo imunológico:

    A reação alérgica tem origem na ativação da IgE, que se liga a receptores específicos na superfície dos mastócitos. Essa interação promove a degranulação celular, liberando substâncias como histamina, leucotrienos e prostaglandinas, que desencadeiam vasodilatação, edema e prurido.

    Nos casos mais graves, como na anafilaxia, há risco de broncoespasmo e choque. A ativação imune também estimula a produção de eosinófilos, justificando a sua elevação nos quadros alérgicos.

    Eosinófilos: Morfologia e função

    Os eosinófilos são leucócitos granulocíticos originados na medula óssea e representam entre 3% e 5% dos leucócitos em circulação. Apresentam um núcleo bilobulado e grânulos citoplasmáticos alaranjados, ricos em substâncias como proteína básica principal (MBP) e neurotoxina derivada de eosinófilos (EDN), com papel citotóxico e inflamatório. Embora compartilhem origens com os neutrófilos, os eosinófilos estão envolvidos principalmente em reações alérgicas e na defesa contra parasitas helmínticos.

    A diferenciação dos eosinófilos é regulada por citocinas como IL-3, IL-5 e GM-CSF, sendo a IL-5 a mais relevante na ativação e liberação dessas células na circulação. Em pacientes com asma, por exemplo, o contato com alérgenos resulta no aumento de IL-5, promovendo eosinofilia e agravando o processo inflamatório.

    Eosinófilos em lâmina, destacando núcleo segmentado e grânulos citoplasmáticos característicos. Fonte: CellWiki.

    Eosinofilia e processos alérgicos:

    A eosinofilia está diretamente relacionada a doenças alérgicas, como asma, rinite alérgica e dermatite atópica. Nos quadros asmáticos, observa-se infiltração eosinofílica no trato respiratório, exacerbando a inflamação e obstrução brônquica.

    Em dermatites alérgicas, os eosinófilos são atraídos para a pele, contribuindo para o prurido e as lesões cutâneas. Além disso, a presença dessas células pode ser indicativa de infecções parasitárias e neoplasias.

    Diagnóstico laboratorial:

    O hemograma é um dos principais exames para avaliação da eosinofilia. Em indivíduos saudáveis, a contagem de eosinófilos varia entre 0 e 500 células/µL. Valores acima desse limite sugerem uma resposta inflamatória exacerbada. Além da contagem diferencial de leucócitos, exames complementares como dosagem de IgE e testes cutâneos são fundamentais para a investigação das doenças alérgicas.

    O que isso significa na prática?

    Os eosinófilos desempenham um papel essencial nos processos alérgicos, atuando na resposta inflamatória e agravando condições como asma e dermatite atópica. A eosinofilia, quando presente, pode servir como um marcador laboratorial relevante para o diagnóstico de doenças alérgicas e parasitárias. A compreensão do papel dessas células auxilia na abordagem clínica e terapêutica, permitindo intervenções mais eficazes para o manejo dos pacientes.

    A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA LABORATORIAL

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    Referências:

    NAOUM, Flávio Augusto. Doenças que alteram os exames hematológicos. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.

    ZAGO, Marcos Antonio et al. Tratado de Hematologia. Atheneu, 2014.

  • TOXICIDADE DO ALUMÍNIO: O QUE O HEMOGRAMA REVELA

    TOXICIDADE DO ALUMÍNIO: O QUE O HEMOGRAMA REVELA

    O alumínio é um metal sem função biológica conhecida no organismo humano, mas sua presença pode ser altamente prejudicial, especialmente em indivíduos com insuficiência renal crônica (IRC). Apesar de incomum, a intoxicação por alumínio ocorre principalmente nesses pacientes, pois o organismo humano possui baixa absorção desse metal e mecanismos eficazes de excreção.

    Acúmulo de alumínio e seus efeitos no organismo:

    Em indivíduos com insuficiência renal grave, a eliminação do alumínio fica comprometida, favorecendo sua acumulação e toxicidade. Sob condições normais, o alumínio absorvido pelo trato gastrointestinal é excretado predominantemente pelos rins. Entretanto, quando a função renal está reduzida, essa eliminação torna-se ineficaz, levando ao acúmulo progressivo do metal nos tecidos.

    A exposição prolongada ao alumínio pode impactar diretamente a hematopoiese, resultando frequentemente em anemia microcítica e hipocrômica.

    Hemácias microcíticas e hipocrômicas. Fonte: Cellwiki.

    Populações sob maior risco de intoxicação:

    Embora essa intoxicação seja mais comumente associada a pacientes renais crônicos, outras exposições também devem ser consideradas.

    • Exposição ocupacional, especialmente em trabalhadores da indústria do alumínio, onde há contato prolongado com o metal;
    • Uso recorrente de antiácidos e cosméticos contendo alumínio, que pode aumentar a carga corporal do metal;
    • O contato contínuo com fontes exógenas pode elevar os níveis desse metal no organismo e contribuir para quadros de toxicidade.

    Hemograma e indícios de toxicidade:

    O comprometimento hematológico causado pelo alumínio pode ser identificado no hemograma, com destaque para:

    Deposição na medula óssea: A presença do metal na medula óssea pode interferir na diferenciação e proliferação celular, levando à disfunção hematopoiética.

    Anemia microcítica e hipocrômica: Devido à interferência do alumínio na metabolização do ferro, dificultando sua incorporação na síntese do heme e competindo com a transferrina. O resultado são hemácias menores e hipocrômicas, com perfil semelhante ao observado na anemia ferropriva;

    Redução da eritropoietina (EPO): O alumínio acumulado no tecido renal compromete a produção desse hormônio, reduzindo a estimulação eritropoiética e agravando a anemia;

    Diagnóstico laboratorial da intoxicação por alumínio:

    A identificação da toxicidade do alumínio exige uma avaliação laboratorial integrada.

    • Hemograma: Primeiro indicativo de alterações hematológicas associadas à intoxicação;
    • Dosagem de alumínio sérico: Relevante para confirmar exposição elevada;
    • Teste de desferroxamina: Avalia a mobilização do alumínio dos tecidos e auxilia na diferenciação diagnóstica;
    • Biópsia óssea: Utilizada em casos específicos para comprovar a deposição do metal em estruturas ósseas.

    A análise criteriosa desses achados permite a identificação precoce dos efeitos hematológicos do alumínio e direciona a necessidade de investigações complementares.

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    Referências:

    CONCEIÇÃO, Joana Filipa Rodrigues da. Caracterização da toxicidade do alumínio e sua influência nos sistemas biológicos. 2021. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2021. Disponível em: https://repositorio.ulisboa.pt/bitstream/10451/52980/1/MICF_Joana_Conceicao.pdf.pdf.

    KLAASSEN, Curtis D. (Ed.). Casarett & Doull’s Toxicology: The Basic Science of Poisons. 7. ed. New York: McGraw-Hill, 2008. 

    OLIVEIRA, Rodrigo Bueno de et al. Intoxicação óssea por alumínio na doença renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 43, supl. 1, p. 660-664, 2021. Disponível em: https://www.bjnephrology.org/wp-content/uploads/articles_xml/2175-8239-jbn-43-04-s1-110/2175-8239-jbn-43-04-s1-110-pt.pdf.

    SILVA, Patrícia Daniela Machado da. A intoxicação por alumínio nos doentes em hemodiálise. 2012. Dissertação (Mestrado em Análises Clínicas) – Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Porto, 2012. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/73814/2/27693.pdf.

  • GRANULÓCITOS IMATUROS: RELEVÂNCIA CLÍNICA E DESAFIOS NA CONTAGEM AUTOMATIZADA

    GRANULÓCITOS IMATUROS: RELEVÂNCIA CLÍNICA E DESAFIOS NA CONTAGEM AUTOMATIZADA

    A avaliação dos granulócitos imaturos (IG) merecem destaque no diagnóstico laboratorial, especialmente em contextos de infecção e inflamação. Mas o que são essas células, como são contadas pelos analisadores hematológicos modernos e qual sua importância clínica.

    O que são granulócitos imaturos?

    Durante o desenvolvimento das células granulocíticas na medula óssea, os primeiros estágios observáveis são os mieloblastos, que passam por sucessivas etapas de maturação e diferenciação até se tornarem neutrófilos, eosinófilos ou basófilos. Em condições normais, células imaturas, como promielócitos, mielócitos e metamielócitos, permanecem restritas à medula óssea. No entanto, quando há um aumento na demanda por células de defesa, a medula pode liberar essas formas precocemente na circulação, resultando no chamado “desvio à esquerda”.

    Promielócitos Fonte: Cellwiki 

    Mielócitos Fonte: Cellwiki

    Metamielócitos – Fonte: Cellwiki

    O desvio à esquerda é um achado laboratorial comum em infecções, inflamações intensas, leucemias mieloides e estresse medular. Sua identificação auxilia na interpretação do hemograma, principalmente quando acompanhada pela contagem automatizada de Índice de Imaturação Granulocítica (IG%).

    Contagem automatizada: tecnologias e métodos

    Os analisadores hematológicos modernos utilizam citometria de fluxo, uma técnica que emprega corantes fluorescentes para marcar RNA e DNA celular, permitindo a diferenciação das células com base em suas características físico-químicas.

    A contagem de IG% ocorre em canais específicos, dependendo do modelo do analisador hematológico. A distinção é baseada em parâmetros como granularidade celular (dispersão lateral) e teor de ácido nucleico.

    Diversos analisadores hematológicos podem oferecer o parâmetro IG, mas embora alguns já o reportem como um dado confiável, outros ainda o utilizam como parâmetro de pesquisa. Alguns modelos tem precisão bastante elevada, variando aproximadamente 7%, o que supera as limitações das contagens microscópicas tradicionais. Estudos comparativos com técnicas avançadas, como citometria de fluxo utilizando anticorpos monoclonais, confirmam sua exatidão.

    Fonte: Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos, 2016.

    Hemograma com IG elevado: o que significa?

    É importante destacar que o IG não é específico para nenhuma doença, mas pode ser um indicador valioso quando interpretado em conjunto com outros resultados clínicos e laboratoriais.

    Por exemplo, em algumas situações, como na leucemia mieloide aguda, pode haver uma elevação significativa de formas imaturas de neutrófilos no sangue periférico, independentemente da presença de um processo inflamatório.

    Relevância clínica dos granulócitos imaturos:

    Indicador de infecção e inflamação:

    O aumento dos granulócitos imaturos pode ser um marcador importante em diversos cenários clínicos, incluindo:

    Infecções bacterianas e septicemia neonatal: Mesmo isoladamente, uma porcentagem superior a 2% de IG pode indicar a necessidade de investigação de infecções agudas, mesmo na ausência de sinais clínicos evidentes;

    Doenças inflamatórias agudas e câncer: Em pacientes com metástase óssea, há uma liberação exacerbada de células imaturas da medula óssea;

    Necrose tecidual, rejeição de transplantes e traumatismos: Essas condições levam a um aumento do pool de neutrófilos, refletindo-se na elevação dos granulócitos imaturos.

    O desvio à esquerda, caracterizado pelo aumento de neutrófilos imaturos na circulação periférica, está fortemente associado a essas condições. Sua detecção, aliada à contagem automatizada de IG%, pode fornecer informações precoces sobre a gravidade da resposta inflamatória.

    Sensibilidade e especificidade:

    A contagem de IG apresenta alta especificidade para infecções (83% a 97%), mas sensibilidade relativamente baixa (35% a 40%). Isso significa que um aumento significativo de IG sugere fortemente um processo infeccioso, mas sua ausência não exclui essa possibilidade. Dessa forma, o IG deve ser interpretado dentro de um contexto clínico mais amplo, sem ser utilizado como único critério diagnóstico.

    Comparação com a contagem microscópica:

    A avaliação tradicional por microscopia tem limitações, pois a baixa concentração dessas células no sangue periférico reduz a sensibilidade da análise. Em contraste, os analisadores automatizados oferecem contagens mais precisas e reprodutíveis, minimizando as variações e erros inerentes à avaliação manual.

    Esse avanço contribui para decisões clínicas mais seguras, especialmente em cenários críticos, como a septicemia neonatal e a monitorização de pacientes em terapia intensiva.

    A importância do IG na prática hematológica

    A contagem automatizada de granulócitos imaturos representa um avanço significativo na hematologia laboratorial. Sua alta especificidade a torna uma ferramenta útil na confirmação de processos infecciosos, mas sua baixa sensibilidade ressalta a necessidade de uma abordagem criteriosa.

    Assim, o IG deve ser visto como um parâmetro complementar, auxiliando na identificação precoce de condições críticas e orientando a necessidade de investigações adicionais.

    A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA LABORATORIAL

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    Referências:

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
    BAIN, Barbara J. Células sanguíneas: um guia prático. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

  • AUTOMAÇÃO NA LEITURA DE LÂMINAS

    AUTOMAÇÃO NA LEITURA DE LÂMINAS

    Os analisadores hematológicos trouxeram grandes avanços para os laboratórios, tornando os processos mais rápidos e confiáveis. No entanto, a revisão microscópica continua essencial, especialmente quando há flags ou suspeita de células anormais.

    Com a digitalização de lâminas e o uso de inteligência artificial, a análise morfológica celular evoluiu, permitindo uma leitura mais ágil e padronizada.

    Como funciona a leitura automatizada de lâminas?

    Os sistemas modernos de análise hematológica integram microscópios avançados a computadores, permitindo a captação e processamento automatizado de imagens das células sanguíneas. Com a lâmina previamente preparada e corada, o microscópio automatizado identifica a monocamada, a região ideal para a contagem diferencial de leucócitos.

    Após essa etapa, o sistema captura imagens de centenas de células, incluindo leucócitos e hemácias. Utilizando inteligência artificial, ele realiza a pré-classificação dos leucócitos e a caracterização dos glóbulos vermelhos, analisando suas características morfológicas por meio de uma rede neural artificial.

    Por fim, as células pré-classificadas são exibidas na tela do computador em alta resolução, permitindo que o analista revise e, se necessário, ajuste as classificações. Esse processo otimiza o fluxo de trabalho no laboratório, aumentando a produtividade, reduzindo falsos-negativos e garantindo maior precisão nas análises.

    Lâminas em processo de escaneamento. Fonte: CellaVision.

    Fonte: Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos, 2016.

    Quais são as vantagens?

    • Padronização – A análise digital reduz a variação entre profissionais, garantindo mais consistência nos resultados;
    • Agilidade na liberação de exames – A automação acelera o fluxo de trabalho, tornando o laboratório mais produtivo;
    • Revisão remota (Tele-hematologia) – Imagens podem ser compartilhadas com especialistas de qualquer lugar para uma segunda opinião;
    • Registro de imagens e acompanhamento de casos – Permite monitorar a evolução de pacientes, como aqueles em quimioterapia;
    • Aplicação no ensino e treinamento – O sistema possibilita a criação de bibliotecas digitais para capacitação profissional.

    Mas e as limitações?

    Apesar da inovação, a tecnologia ainda enfrenta alguns desafios:

    • Análise da série vermelha – Ainda não atinge a mesma precisão da microscopia convencional;
    • Amostragem menor – A contagem celular automatizada se baseia em cerca de 100 células, enquanto analisadores convencionais avaliam milhares, garantindo mais precisão estatística;

    A automação na leitura de lâminas representa um grande avanço na hematologia laboratorial, tornando os processos mais rápidos, confiáveis e padronizados. Embora não substitua completamente a avaliação microscópica, otimiza a rotina dos laboratórios e melhora a qualidade dos resultados.

    Com a constante evolução da tecnologia, essas ferramentas tendem a se tornar cada vez mais precisas e acessíveis, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes. 

    A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA LABORATORIAL

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    Referências:

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
    FAILACE, Renato; FERNANDES, Flávio. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

  • Febre amarela e as alterações hematológicas: O que você precisa saber

    Febre amarela e as alterações hematológicas: O que você precisa saber

    A febre amarela é uma infecção viral que provoca alterações significativas no sangue, impactando diretamente os exames laboratoriais. No contexto da análise hematológica, compreender essas mudanças é extremamente importante para interpretar o desenvolvimento e gravidade da doença.

    A febre amarela é uma arbovirose grave e potencialmente fatal, caracterizada por um quadro febril agudo de rápida evolução. Causada pelo vírus da febre amarela, pertence à família Flaviviridae e é transmitida por mosquitos vetores em dois diferentes ciclos epidemiológicos: Silvestre e urbano. 

    No ciclo silvestre, os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que infectam primatas não humanos (PNHs), considerados hospedeiros amplificadores do vírus. O ser humano, nesse contexto, torna-se um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. Já no ciclo urbano, a transmissão ocorre pelo Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya.

    Nos estágios iniciais, os sintomas podem ser inespecíficos, incluindo febre alta, calafrios, mialgia e cefaleia. Com a progressão da infecção, surgem alterações nos parâmetros hematológicos que auxiliam na suspeita diagnóstica e no monitoramento do quadro clínico.

    PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NA FEBRE AMARELA:

    1) Leucopenia e neutropenia:

    Nos primeiros dias da infecção, o hemograma pode revelar leucopenia, com contagem de leucócitos entre 1.500 e 2.500/µL. A neutropenia também é frequente, sendo um indicativo útil para diferenciar a febre amarela de outras infecções virais ou bacterianas;

    2) Trombocitopenia e risco de sangramentos:

    A febre amarela pode levar a uma queda acentuada na contagem de plaquetas, aumentando o risco de hemorragias espontâneas. Entre as manifestações clínicas associadas, destacam-se petéquias, equimoses, epistaxe e hematêmese;

    3) Anemia hemorrágica:

    Nos casos graves, os sangramentos gastrointestinais podem resultar em anemia significativa. Laboratorialmente, observa-se redução do hematócrito e da hemoglobina, evidenciando perda sanguínea ativa e a necessidade de acompanhamento rigoroso;

    4) Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD):

    Nos quadros mais severos, a febre amarela pode desencadear uma ativação desregulada da cascata de coagulação, resultando em Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD). Os achados laboratoriais incluem:

    • Aumento do tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA);
    • Redução dos níveis de fibrinogênio;
    • Elevação do D-dímero e presença de produtos de degradação da fibrina.

    5) Icterícia e alterações no hemograma:

    O comprometimento hepático na febre amarela resulta em icterícia e repercussões hematológicas associadas. O hemograma pode revelar:

    • Anemia relacionada à hemorragia ou destruição de hemácias, acompanhando o aumento da bilirrubina indireta;
    • Plaquetopenia, intensificando o risco de sangramentos, em conjunto com a redução da albumina e distúrbios da coagulação;
    • Leucocitose tardia, sugerindo resposta inflamatória secundária ao comprometimento hepático severo;
    • Presença de esquizócitos, indicativo de hemólise intravascular associada.

    Esquizócitos observados em lâmina. Fonte: CellWiki.

    Importância do hemograma na febre amarela:

    A avaliação hematológica desempenha um papel fundamental no diagnóstico e acompanhamento da febre amarela. Achados como leucopenia, trombocitopenia e distúrbios da coagulação são marcadores laboratoriais importantes.

    O monitoramento contínuo do hemograma e de outros exames complementares permite uma abordagem mais precisa na avaliação da gravidade da doença, contribuindo para intervenções oportunas e um melhor manejo clínico.

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    Referências:

    BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Manejo Clínico da Febre Amarela. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020.

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

  • Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

    Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

    A Velocidade de Hemossedimentação (VHS) é um exame laboratorial que consegue mensurar taxa de sedimentação dos eritrócitos. Esse teste simples, quando aumentado, indica processos inflamatórios, infecciosos e algumas condições malignas, sendo também útil no acompanhamento de doenças crônicas.

    O que é VHS e como funciona?

    Os eritrócitos possuem carga negativa em sua membrana, o que gera uma repulsão natural entre eles (potencial zeta). Portanto ocorre um padrão de sedimentação natural no sangue normal.

    No entanto, alterações em proteínas plasmáticas, como fibrinogênio e imunoglobulinas, reduzem a repulsão entre as hemácias, isso faz com que estas se agrupem e geram sedimentação mais rapidamente, aumentando os valores da VHS.

    Fonte: Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos, 2016.

    Método padrão-ouro: Westergren

    O método de Westergren, recomendado pela International Council for Standardization in Haematology (ICSH), é o padrão-ouro para a medição da VHS.

    Utiliza um tubo de Westergren (30 cm de altura e 2,5 mm de diâmetro), no qual o sangue venoso é misturado com citrato de sódio 3,8% na proporção de 1:4. A amostra deve ser mantida em posição vertical e em repouso por uma hora, e o resultado, expresso em milímetros por hora (mm/h), corresponde à altura da coluna de plasma separada das hemácias sedimentadas.

    Fonte: WeMeds.

    Embora o método de Westergren seja o mais amplamente aceito, existem outras abordagens, como o Westergren Modificado, que mantém o mesmo princípio, mas utiliza tubos menores adequados para amostras com EDTA; a automação, em que equipamentos aceleram a sedimentação por inclinação controlada, oferecendo resultados mais rápidos e reduzindo interferências; os tubos a vácuo, que permitem a realização da VHS diretamente na amostra coletada sem necessidade de transferência; e as pipetas de VHS descartáveis.

    Analisador de velocidade de hemossedimentação automático VES-MATIC 30. Fonte: MedicalExpo

    Fatores que influenciam o resultado:

    A VHS pode ser afetada por diversos fatores técnicos, fisiológicos e patológicos, como:

    • Técnicos: Inclinação inadequada da pipeta (acima de 3°), variações de temperatura (abaixo de 15°C ou acima de 30°C), incidência direta de luz solar, movimentação da estante durante a análise e proximidade com centrífugas;
    • Fisiológicos: Gestação, ciclo menstrual e envelhecimento podem elevar a VHS sem indicar doença;
    • Patológicos: Doenças inflamatórias crônicas, infecções, neoplasias e anemias aumentam a VHS. Já a policitemia vera e algumas doenças hepáticas podem reduzi-la;
    • Morfologia eritrocitária: Em algumas condições, a VHS pode ser atipicamente baixa. Na anemia falciforme, por exemplo, a intensa pecilocitose impede o empilhamento eritrocitário, mantendo a VHS normal ou até diminuído;
    • Medicamentos e hábitos: Uso de contraceptivos orais, penicilinas e tabagismo também podem influenciar os valores da VHS.

    Interpretação clínica da VHS:

    Valores elevados de VHS (> 80 mm) geralmente sugerem inflamações graves, infecções ou neoplasias. No entanto, esse exame deve sempre ser interpretado junto ao contexto clínico e outros exames laboratoriais, como PCR e hemograma.

    Em algumas doenças, como artrite reumatoide e tuberculose, a VHS é útil para monitoramento. No entanto, há casos atípicos, como pacientes idosos saudáveis com VHS entre 35 e 40 mm ou mesmo doenças inflamatórias com valores normais.

    Fonte: Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos, 2016.

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    Referências:

    MELO, Márcio Antonio Wanderley de; SILVEIRA, Cristina Magalhães da (org.). Laboratório de Hematologia: teorias, técnicas e atlas. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

    KRATZ, A. et al. ICSH recommendations for modified and alternate methods measuring the erythrocyte sedimentation rate. International Journal of Laboratory Hematology, v. 39, n. 5, p. 448-457, 2017. DOI: 10.1111/ijlh.12693.

  • TEMPO DE SANGRAMENTO (TS): AINDA HÁ ESPAÇO PARA ESSE TESTE NA ROTINA LABORATORIAL?

    TEMPO DE SANGRAMENTO (TS): AINDA HÁ ESPAÇO PARA ESSE TESTE NA ROTINA LABORATORIAL?

    O tempo de sangramento (TS) é um teste in vivo utilizado para avaliar a função plaquetária e a integridade vascular. Embora tenha sido amplamente empregado no passado, seu uso diminuiu com o surgimento de exames laboratoriais mais precisos, como a agregação plaquetária e os ensaios do fator de von Willebrand.

    O que é o tempo de sangramento?

    O tempo de sangramento (TS) mede o intervalo necessário para que uma hemorragia controlada cesse após pequenas incisões na pele. O resultado reflete a interação entre plaquetas, endotélio vascular e o fator de von Willebrand.

    Os valores de referência geralmente variam de 1 a 7 minutos, mas cada laboratório deve determinar seus próprios parâmetros, considerando as características da população atendida.

    Métodos para realização do TS:

    Entre as técnicas utilizadas para medir o tempo de sangramento, o método de Ivy é o mais empregado devido à sua maior padronização e reprodutibilidade.

    • MÉTODO IVY:

    O método de Ivy é amplamente utilizado e consiste em medir o tempo de sangramento a partir de incisões padronizadas no antebraço. O procedimento segue os seguintes passos:

    1. Pressurização: Um esfigmomanômetro é insuflado a 40 mmHg no braço do paciente para manter uma pressão constante durante o teste;

    2. Escolha do local: A incisão é feita no antebraço, preferencialmente em uma região livre de pelos e veias, garantindo que apenas os vasos capilares sejam avaliados;

    3. Realização das incisões: São feitas pequenas incisões com uma lanceta padronizada, com profundidade de 1 mm e cerca de 10 mm de comprimento;

    4. Medição do tempo: O cronômetro é acionado imediatamente, e a cada 30 segundos, um papel de filtro absorve suavemente o sangue;

    5. Interpretação: O tempo total é anotado até os 30 segundos mais próximos. Caso o sangramento não pare em 15 minutos, o teste deve ser interrompido.

    Fonte: Laboratório de Hematologia: Teorias, Técnicas e Atlas, 2015.

    Interpretação dos resultados:

    O TS prolongado indica possíveis alterações na hemostasia primária, podendo estar presente em:

    • Trombocitopenias (redução do número de plaquetas);
    • Disfunções plaquetárias (qualitativas);
    • Doença de von Willebrand;
    • Uso de antiagregantes plaquetários (AAS, clopidogrel, etc.);
    • Púrpuras vasculares.

    Já um TS normal sugere que a função plaquetária está preservada, mas não exclui distúrbios de coagulação secundária (como hemofilia).

    Limitações do TS:

    Apesar de sua importância histórica, o TS apresenta algumas desvantagens:

    • Baixa reprodutibilidade: Pequenas variações na técnica podem alterar significativamente o resultado;
    • Influência de fatores externos: Idade, temperatura ambiente e hidratação do paciente podem interferir;
    • Não diferencia distúrbios: O TS prolongado não distingue entre defeitos plaquetários e vasculares.

    Além disso, o teste não deve ser realizado em pacientes com púrpura evidente ou em uso de altas doses de antiagregantes plaquetários, pois pode levar a sangramentos prolongados e necessidade de intervenção.

    O TS ainda tem espaço na prática laboratorial?

    Hoje, métodos laboratoriais como a agregação plaquetária e a dosagem de fator de von Willebrand oferecem maior precisão na investigação da hemostasia primária. No entanto, o TS ainda pode ser útil em locais com acesso limitado a exames mais sofisticados.

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    Referências:

    MELO, Márcio Antonio Wanderley de; SILVEIRA, Cristina Magalhães da. Laboratório de Hematologia: Teorias, Técnicas e Atlas. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

  • D-DÍMERO: MARCADOR LABORATORIAL NA AVALIAÇÃO DA COAGULAÇÃO 

    D-DÍMERO: MARCADOR LABORATORIAL NA AVALIAÇÃO DA COAGULAÇÃO 

    O que é o D-dímero?

    O D-dímero é um fragmento proteico resultante da degradação da fibrina, uma proteína necessária para a formação e estabilização dos coágulos sanguíneos. Sempre que um evento de coagulação ocorre, o organismo ativa mecanismos para dissolver esses coágulos, quando não são mais necessários, liberando D-dímero na circulação. Sua dosagem é amplamente utilizada na avaliação de processos trombóticos, como trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP)

    Durante a pandemia de COVID-19, esse biomarcador ganhou ainda mais destaque, sendo empregado no monitoramento da gravidade da infecção e no rastreamento de complicações tromboembólicas associadas ao SARS-CoV-2. Com o aumento da demanda por esse exame, sua aplicação clínica foi ampliada, consolidando-o como uma ferramenta essencial na investigação de distúrbios da coagulação.

    Alterações morfológicas no hemograma e sua relação com o D-dímero:

    Em pacientes com D-dímero elevado, podem ser identificadas alterações morfológicas no hemograma, refletindo um estado de ativação trombótica e fibrinolítica. Um dos achados mais relevantes é a presença de esquizócitos, fragmentos de hemácias resultantes da destruição mecânica de glóbulos vermelhos, frequentemente observados em condições como a Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD).

    Lâmina com presença de esquizócitos. Fonte: CellWiki.

    A CIVD representa um quadro complexo de hipercoagulabilidade sistêmica, no qual múltiplos microtrombos se formam em pequenos vasos, consumindo plaquetas e fatores de coagulação. Isso leva a um estado paradoxal: ao mesmo tempo em que há risco de trombose, há também um aumento da tendência ao sangramento. 

    Outras alterações laboratoriais, como trombocitopenia, trombocitose e leucocitose, podem ser encontradas, refletindo a resposta inflamatória sistêmica nesses pacientes.

    Quando o D-dímero é indicado?

    O D-dímero é amplamente utilizado como ferramenta auxiliar na avaliação de pacientes com suspeita de TVP e EP. Quando um trombo se forma dentro de uma veia profunda, ocorre um aumento da degradação da fibrina, resultando em níveis elevados desse marcador no sangue.

    Em pacientes com baixa probabilidade clínica de trombose, um D-dímero normal pode ser suficiente para descartar a condição, evitando exames de imagem por exemplo. No entanto, quando há alta suspeita clínica, a negatividade do D-dímero não exclui a doença, sendo indispensáveis exames complementares, como ultrassonografia com Doppler ou angiotomografia pulmonar.

    Outras condições associadas a D-dímero elevado:

    Além dos eventos trombóticos, o D-dímero pode estar elevado em diversos contextos clínicos, como:

    • Estados inflamatórios sistêmicos: Infecções graves, sepse e COVID-19;

    • Doenças crônicas: Insuficiência renal, doenças hepáticas e câncer;

    • Condições fisiológicas: Pós-operatório, gestação e envelhecimento.

    Isso reforça a importância de uma interpretação criteriosa, sempre levando em conta o quadro clínico do paciente.

    Como avaliar os resultados?

    A quantificação do D-dímero é realizada por meio de exame de sangue, com resultados expressos em microgramas por mililitro (µg/mL) de unidade equivalente de fibrina (FEU) ou outras unidades, dependendo do método laboratorial. De maneira geral, valores inferiores a 500 ng/mL (FEU) são considerados normais e auxiliam na exclusão de eventos trombóticos em pacientes com baixa probabilidade clínica.

    Interpretação clínica: Um marcador que exige contexto

    Embora seja uma ferramenta valiosa na avaliação de distúrbios tromboembólicos, o D-dímero não deve ser utilizado isoladamente para diagnóstico. Seu principal papel é na exclusão de trombose, especialmente em pacientes com baixa probabilidade clínica.

    Por ser um teste altamente sensível, um resultado negativo é útil para afastar TEV. No entanto, sua baixa especificidade exige cautela na interpretação de valores elevados, que podem estar presentes em múltiplas condições clínicas. O uso racional desse exame, aliado à avaliação clínica criteriosa e exames de imagem complementares, é essencial para uma abordagem diagnóstica eficaz e segura.

    O papel do D-dímero na prática clínica

    O D-dímero é um biomarcador muito importante na avaliação de eventos trombóticos, sendo uma peça-chave no raciocínio clínico. No entanto, seu valor diagnóstico está diretamente relacionado ao contexto clínico, devendo ser utilizado de forma integrada a outros parâmetros laboratoriais e exames de imagem.

    Mais do que um simples número, sua correta interpretação pode impactar diretamente a condução dos casos, garantindo que decisões médicas sejam tomadas com maior precisão e segurança!

    A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA LABORATORIAL

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    Referências:

    DOUBILET, Peter; WREN, S. M.; SWIGERT, T. J. Age-adjusted D-dimer to rule out pulmonary embolism: a retrospective cohort study. BMJ, v. 340, p. c1475, 2010. Disponível em: https://www.bmj.com/content/340/bmj.c1475.full. Acesso em: 26 fev. 2025.

    SILVA, J. L. et al. Tromboembolismo venoso em pacientes COVID-19. Jornal Vascular Brasileiro, v. 19, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jvb/a/PJVXkwCHBcVtGZv7bZ939Dm/. 

    SILVA, M. L. et al. Fibrinogen and D-dimer variances and anticoagulation recommendations in patients with COVID-19: a systematic review. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 66, n. 6, p. 838-845, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/nx6WHFrjxhPV5CrzNmNfyJJ/.

    SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia Laboratorial: Teorias e Procedimentos. Porto Alegre: Artmed, 2016.

  • SEU FUTURO NA HEMATOLOGIA: Como a Pós-Graduação pode transformar sua carreira

    SEU FUTURO NA HEMATOLOGIA: Como a Pós-Graduação pode transformar sua carreira

    A hematologia laboratorial é uma área em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos e novas descobertas científicas. Neste cenário, a busca pelo conhecimento contínuo não é apenas um diferencial, mas uma necessidade para profissionais que desejam se manter atualizados e aptos a interpretar dados laboratoriais com precisão.

    A evolução do mercado e a necessidade de especialização:

    A hematologia laboratorial tem passado por constantes avanços, impulsionados pelo desenvolvimento de novas metodologias analíticas e aprimoramento das técnicas diagnósticas. O mercado exige cada vez mais profissionais qualificados, capazes de interpretar achados hematológicos com precisão e contextualizá-los dentro da fisiopatologia das doenças.

    A especialização surge como um caminho natural para esse aprimoramento, proporcionando uma formação mais aprofundada e alinhada com as exigências do setor. O profissional pós-graduado se torna capaz de acompanhar as tendências da área, atuar com maior embasamento técnico-científico e contribuir para a qualidade dos serviços laboratoriais, garantindo diagnósticos mais precisos e confiáveis.

    A importância da especialização na carreira laboratorial:

    A pós-graduação não apenas amplia o conhecimento técnico, mas também fortalece a capacidade de análise crítica, raciocínio clínico-laboratorial e interpretação de achados hematológicos. Além disso, a especialização estimula o desenvolvimento de habilidades como gestão da qualidade, validação de métodos e tomada de decisão baseada em evidências científicas.

    Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), cerca de 70% das decisões médicas são baseadas em exames laboratoriais. Isso reforça a importância do profissional especializado, que desempenha um papel crucial na precisão diagnóstica e na conduta clínica dos pacientes.

    Dessa forma, o aprimoramento contínuo reflete diretamente na segurança dos laudos emitidos e na assertividade dos diagnósticos, impactando positivamente a conduta clínica e o bem-estar dos pacientes.

    A construção do conhecimento como base para o futuro:

    A ciência laboratorial se fundamenta na atualização constante e na busca pela excelência. Investir em especialização significa não apenas adquirir novos conhecimentos, mas também consolidar uma base teórica e prática que permite ao profissional atuar de forma mais qualificada e segura.

    O aprendizado contínuo é um pilar essencial para o progresso na hematologia. A formação sólida e o aprimoramento técnico são fatores determinantes para quem deseja evoluir na carreira e contribuir para o avanço da área.

    Que caminhos o seu conhecimento pode trilhar? A especialização pode ser o próximo passo na construção do seu futuro profissional!

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    Referências:

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL. Sociedade de Patologia Clínica apresenta relação de mitos e verdades sobre os exames laboratoriais. Conselho Federal de Medicina, 2019.