Manchas de Gumprecht: importância clínica
Você conhece a importância das manchas de Gumprecht em pacientes com Leucemia Linfoide Crônica (LLC)? Frequentemente, os médicos fazem referência a essas manchas em pacientes com LLC, e é comum encontrar em literatura especializada a explicação de que as manchas de Gumprecht são, na verdade, restos celulares resultantes da ruptura de linfócitos devido à sua fragilidade durante o processo de distensão sanguínea. Portanto, os profissionais de saúde consideram essas manchas como artefatos de preparação da lâmina.
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Atualizações
No entanto, após revisão da literatura atual, surge a questão de se há novas descobertas ou teorias sobre a importância da porcentagem de manchas de Gumprecht na avaliação do prognóstico do paciente. Alguns estudos estabelecem um limite de 30% como ponto de corte: pacientes com mais de 30% de restos celulares apresentam maior sobrevida em comparação àqueles com menos de 30% que apresentam as manchas.
Mas por que essa proporção de manchas de Gumprecht estaria correlacionada com o prognóstico? E será que essas manchas são, de fato, apenas artefatos de preparação da lâmina? É fundamental abordar essa questão. Durante muito tempo, acreditou-se nessa explicação como sendo apenas uma consequência do processo de preparação das lâminas, relacionada à presença desses restos celulares.
A vimentina
No entanto, autores recentes lançaram luz sobre a importância da associação entre a formação das manchas de Gumprecht e a presença da vimentina, uma proteína do citoesqueleto e filamento intermediário crucial para a rigidez e integridade das células linfoides leucêmicas na LLC.
A pesquisa revelou que pacientes com níveis elevados de vimentina nas células linfoides tinham uma menor formação das manchas. Isso ocorre porque a vimentina, uma proteína essencial para a integridade e rigidez dessas células, está presente em maior quantidade quando as manchas de Gumprecht são menos prevalentes.
Por outro lado, pacientes com níveis mais baixos de vimentina apresentaram uma maior incidência de manchas e, curiosamente, também demonstraram ter mais tempo disponível para iniciar o tratamento na fase inicial da doença. Em contrapartida, pacientes com menos manchas de Gumprecht precisaram iniciar o tratamento mais rapidamente, pois tinham menos tempo disponível na fase inicial.
Prognóstico
Em síntese, os estudos sugerem que quanto maior a proporção de manchas de Gumprecht em um paciente, melhor é o prognóstico. Estabelecendo-se limites, como 30% ou 20%, para essa porcentagem, pode-se prever o prognóstico da doença.
Vale destacar que a metodologia para calcular essa porcentagem é simples: você conta 200 células, incluindo linfócitos e restos celulares, na lâmina. Se, por exemplo, 150 delas forem linfócitos e 50 forem restos celulares, você calcula 50 como uma porcentagem de 200, resultando em 25% de restos celulares.
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Referências
- BAIN, Barbara J. Células sanguíneas: um guia prático. Tradução de Renato Failace. 5ª edição. Editora Artmed, 2016.
- MELO, Márcio et al. Laboratório de Hematologia: Teorias, Técnicas e Atlas. 2ª edição. Editora Rubio, 2019.
- Abstract do artigo no Journal of Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/nKBhLh7Z3SrhsSYx3cTZs6H/abstract/?lang=pt. Acesso em: 21 de setembro de 2023.
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