HEMOGRAMA NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos. Essa condição ocorre predominantemente em mulheres, especialmente entre 15 e 40 anos.
Existem dois tipos de lúpus: o cutâneo, que se manifesta por manchas avermelhadas ou eritematosas na pele, especialmente em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas e braços; e o sistêmico, que pode acometer diversos órgãos internos, incluindo rins, pulmões e articulações.
Dada a sua natureza sistêmica, o lúpus requer uma abordagem diagnóstica abrangente, na qual o hemograma desempenha um papel fundamental.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Os sintomas do LES podem variar amplamente, dependendo da fase da doença e dos órgãos acometidos. Dentre os principais sintomas encontram-se:
- Febre (presente em até 80% dos casos na fase ativa).
- Perda de peso.
- Fadiga e mal-estar.
Alterações Dermatológicas:
- Eritema malar em forma de “borboleta” no rosto, característico da doença.
- Outras lesões cutâneas, geralmente agravadas pela exposição ao sol, observadas em 80% dos pacientes ao longo da evolução do LES.
Comprometimento Articular:
- Artralgia em 90% dos pacientes.
- Inflamações articulares intermitentes.
Além dos sintomas gerais e específicos mencionados anteriormente, o LES pode apresentar uma ampla gama de sinais em diferentes órgãos e tecidos:
- Comprometimento renal observado em 50% dos casos.
- Inflamação na pleura ou pericárdio
- Vasculite: Inflamação de pequenos vasos podem causar lesões avermelhadas, dolorosas e localizadas em áreas como palma das mãos, planta dos pés, céu da boca ou em membros.
- Alterações oculares, como inflamação ou dor nos olhos.
- Aumento do fígado (hepatomegalia) e do baço (esplenomegalia).
- Linfadenopatia (aumento dos gânglios linfáticos), frequentemente observada em fases ativas da doença.
- Manifestações neuropsiquiátricas, embora menos frequentes no LES, podem incluir convulsões, psicoses, depressão, alterações de humor e danos aos nervos periféricos ou à medula espinhal.
Esses achados clínicos podem surgir de forma abrupta, imitando uma infecção aguda, ou se desenvolver lentamente ao longo de meses ou anos, reforçando a necessidade de acompanhamento médico contínuo.
HEMOGRAMA NO LÚPUS:
Embora o hemograma não seja o exame definitivo para o diagnóstico do LES, ele pode revelar características importantes que são comuns em pacientes acometidos pela doença. Dentre as principais alterações observadas, destacam-se:
- Anemia de Doença Crônica
- Leucopenia
- Linfopenia
- Neutropenia
- Trombocitopenia
Em pacientes acometidos com infecções crônicas como o lúpus também pode ocorrer monocitose. Além disso, em casos mais graves, podem ocorrer anemia hemolítica e trombocitopenia severa.
VHS e PCR: Frequentemente se elevam quando a doença está ativa.
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Referências:
DA SILVEIRA, Cristina Magalhães. Laboratório de Hematologia–teorias, técnicas e atlas. Editora Rubio, 2020.
DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015.
OLIVEIRA, Raimundo Antônio Gomes. Hemograma: Como fazer e interpretar. 1ª edição. Editora LMP, 2007.
ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de hematologia. Atheneu. 899p. 2013.
Autores não fornecidos. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Sociedade Brasileira de Reumatologia. Disponível em: <https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lupus-eritematoso-sistemico-les/>. Acesso em 12 Dez. 2024.
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