Flags e sua importância nas análises hematológicas

Flags e sua importância nas análises hematológicas

Para uma melhor compreensão do assunto, é primordial esclarecer o conceito de “Flag”. Em contextos clínicos modernos, esses indicativos não apenas quantificam os parâmetros de uma amostra, mas também emitem alertas. O propósito desses alertas é sinalizar a possibilidade de interferência nos parâmetros da amostra durante a análise ou indicar a presença de células anormais na amostra. Em resumo, os “flags” indicam a necessidade de avaliar o esfregaço.

Flag de suspeita de blasto. Crédito: membro do Time Atlas.

Portanto, é importante dedicar atenção cuidadosa a esses “flags”, pois eles devem ser considerados como critérios para uma revisão mais aprofundada das lâminas. Embora a padronização dos critérios de leitura de lâmina entre laboratórios não seja uniforme, a maioria dos estabelecimentos de saúde considera os “flags” como elementos essenciais para a revisão das amostras. Também é importante levar em consideração a população de pacientes atendidos pelo laboratório, uma vez que os equipamentos são sensíveis às características específicas de cada amostra.

Flag de linfopenia. Crédito: membro do Time Atlas.

Flags x linfócitos atípicos

Um exemplo que podemos considerar é o “Flag” relacionado aos linfócitos atípicos. Esse alerta não necessariamente indica uma situação anormal, mas deve ser encarado com atenção. Isso ocorre porque os equipamentos podem estar identificando esses linfócitos como outras células semelhantes, como blastos. Ignorar esses “flags” pode resultar em diagnósticos imprecisos, comprometendo a integridade e a confiabilidade do laboratório, e, mais importante ainda, a saúde do paciente.

Tipos de flags

Os equipamentos configuram os “Flags” em dois tipos principais: a equipe do laboratório geralmente ajusta facilmente os quantitativos com base nos critérios de revisão do laboratório, como um valor limite para a contagem de leucócitos. Por outro lado, os qualitativos são predefinidos de fábrica, dependendo da configuração feita pelos assessores, caso estejam disponíveis.

Aparelho com três flags diferentes. Crédito: membro do Time Atlas.

Os profissionais devem estar familiarizados com os “flags” específicos de seus equipamentos, uma vez que essas sinalizações podem variar de um equipamento para outro. Além disso, é importante que eles verifiquem periodicamente a sensibilidade dos “flags”, pois isso ajuda a evitar resultados falsos negativos.

Os profissionais devem manter um estado de alerta constante em relação a cada sinalização e “flag” apresentado pelo equipamento, uma vez que essas informações desempenham um papel importante na análise de parâmetros e nas decisões clínicas. A compreensão profunda desses alertas faz parte essencial da rotina de trabalho dos profissionais da hematologia.

Referências

  1. ROSENFELD, R. Hemograma. Jornal Brasileiro De Patologia E Medicina Laboratorial, v. 48, n. 4, p. 244, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1676-24442012000400001. Acesso em: 28 de setembro de 2023.
  2. BAIN, Barbara J. et al. Dacie and Lewis: Pratical Haematology. 12. ed. Editora Elsevier, 2017.
  3. Hemograma: manual de interpretação, Renato Failace; Flavo Fernandes, 6ª edição, 2015
  4. Estudos da Correlação de Parâmetros Clínicos Avançados e Achados na Hematoscopia – Granulócitos Imaturos (IG). RBAC – Revista Brasileira de Análises Clínicas. Disponível em: https://www.rbac.org.br/artigos/estudos-da-correlacao-de-parametros-clinicos-avancados-e-achados-na-hematoscopia-granulocitos-imaturos-ig/. Acesso em: 28 de setembro de 2023.

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