HTLV – VÍRUS T LINFOTRÓPICO HUMANO

HTLV – VÍRUS T LINFOTRÓPICO HUMANO

O HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa, descoberto na década de 80. Este vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico (TCD4+), e possui a capacidade de evitar o processo apoptótico, fazendo com que estas também percam sua função de defesa do organismo. O HTLV possui quatro subtipos: HTLV-1 (subtipo mais associado a doenças), HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4.

As formas de transmissão do HTLV-1 e HTLV-2 incluem: transmissão vertical (de mãe infectada para o filho) durante a amamentação e raramente durante a gestação; relação sexual desprotegida com parceiro infectado; e compartilhamento de seringas e agulhas. O HTLV-1 está associado à oncogênese da Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL). A natureza oncogênica do HTLV-1 é bem estabelecida, indicando uma integração clonal do HTLV-1 nas células T, sugerindo a presença do vírus desde a célula progenitora que originou a leucemia. Estudos também demonstraram a supressão da apoptose das células T pelo gene Tax-1 do HTLV-1, e a promoção da leucemia/linfoma pelo vírus completo.

A prevalência de ATLL é de 3-5% entre indivíduos infectados, com uma taxa de infecção por HTLV-1 de 0,1% globalmente. É importante notar que todos os pacientes com ATLL devem estar infectados pelo HTLV, porém nem todos os infectados pelo vírus desenvolvem ATLL. As células tumorais de ATLL são detectadas no sangue periférico em casos agudos, crônicos ou latentes com manifestações leucêmicas, ou em biópsias de órgãos envolvidos neste linfoma.

Morfologicamente, a característica marcante no sangue periférico são os linfócitos anormais conhecidos como “flower cells”, termo que deve ser utilizado apenas na presença do diagnóstico de ATLL. Na ausência deste diagnóstico, deve-se mencionar a presença de células com multilobulação.

A presença predominante ou não de flower cells pode variar; outras morfologias de linfócitos anormais podem estar presentes, como reentrâncias e/ou indentações nucleares. Devido à resposta imune e à produção de algumas citocinas, o aumento de eosinófilos também pode ser um achado característico.

HTLV
Linfócitos atípicos com núcleo com aspecto de flor e outras características anormais

Essas células expressam os marcadores linfocitários de superfície CD2, CD4, CD5, CD45RO, CD29 e receptor de células T αβ, e geralmente são negativas para CD7, CD8 e CD26, mostrando expressão reduzida de CD3. Os marcadores de ativação linfocitária HLA-DP, DQ, DR e IL-2Rα (CD25) estão sempre presentes.

Em resumo, o HTLV-1 é um retrovírus complexo que pode causar sérias complicações, incluindo a ATLL, por meio da transformação maligna de células T CD4+ infectadas. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes à ATLL é crucial para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas direcionadas, visando melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados por esta doença.

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Referências

Ministério da Saúde – HTLV vírus linfotrópico de células T humanas. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/htlv

TAGAYA, Yutaka; GALLO, Robert C. A oncogenicidade excepcional do HTLV-1. Frontiers in microbiology, 2017.

BAZARBACHI, Ali et al. Como tratar leucemia/linfoma de células T adultas. Blood, The Journal of the American Society of Hematology, 2011.

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