LINFOMAS DO TIPO MALT
Os linfomas MALT (tecido linfoide associado à mucosa) são um tipo de linfoma não-Hodgkin que se origina no tecido linfoide normalmente associado às membranas mucosas do corpo, como o trato gastrointestinal, glândulas salivares, pulmões e outros locais. Este tipo de linfoma é relativamente raro, representando aproximadamente 8-10% de todos os linfomas não-Hodgkin.
Os linfomas MALT geralmente apresentam crescimento lento e são caracterizados pelo acúmulo de células B no tecido linfoide associado à mucosa. Podem estar associados a infecções crônicas ou inflamação prolongada na mucosa onde se desenvolvem.
A ativação imunológica desencadeada pela bactéria Helicobacter pylori desempenha um papel significativo na origem do linfoma MALT (L-MALT), onde as células demonstram uma alta taxa de mutação nos genes das imunoglobulinas. Não está completamente esclarecido se os L-MALT que surgem em outras localizações além do estômago também dependem da ativação imunológica, entretanto, é importante notar que o L-MALT da tireoide geralmente se desenvolve como uma consequência da doença de Hashimoto, um distúrbio autoimune que expõe as células B aos auto antígenos da tireoide.
Anormalidades Citogenéticas
Há várias anormalidades citogenéticas recorrentes associadas, sendo a mais comum, a que ocasiona a fusão API2-MALT1 que ativa o NF-kB (fator nuclear kB). O gene API2 se localiza no 1 lq21 e o MLT no 18q21. AAPI2 é uma proteína inibidora de apoptose e o gene é conservado na escala filogenética tendo um papel de regulação na morte celular programada em várias espécies. Apesar da função da MLT ser atualmente desconhecida, a proteína de fusão API2/MLT leva a um aumento de inibição da apoptose conferindo uma vantagem de sobrevida dos linfócitos nos linfomas MALT.
Alterações laboratoriais
As alterações laboratoriais no linfoma MALT podem variar dependendo da localização do linfoma e do estágio da doença. No entanto, algumas alterações comuns podem ser observadas:
- Hemograma: Pode revelar anemia, trombocitopenia (baixo número de plaquetas) ou leucopenia (baixo número de glóbulos brancos), especialmente em estágios avançados da doença.
- Exames bioquímicos: podem mostrar níveis elevados de lactato desidrogenase (LDH), um marcador comum de atividade celular aumentada, frequentemente observado em linfomas.
- Marcadores tumorais: Em alguns casos, certos marcadores tumorais, como o antígeno de células B CD20, podem ser avaliados para ajudar no diagnóstico e monitoramento do linfoma MALT.
É importante ressaltar que os resultados laboratoriais podem variar de acordo com a localização específica do linfoma MALT e a presença de complicações associadas. O diagnóstico definitivo do linfoma MALT geralmente requer uma combinação de exames laboratoriais, exames de imagem e, em alguns casos, biópsia do tecido afetado para análise histopatológica.
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Referências
HUNGRIA, Vânia Tietsche de Moraes et al. Helicobacter pylori associado a linfoma gástrico primário tipo MALT. Bol. Soc. Bras. Hematol. Hemoter, p. 279-81, 1994.
Atlas de hematologia : clínica hematológica ilustrada/ Therezinha Ferreira Lorenzi, coordenadora. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
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