ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS DO FIBRINOGÊNIO

ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS DO FIBRINOGÊNIO

O fibrinogênio é uma glicoproteína fundamental para a coagulação sanguínea, atuando na formação da rede de fibrina que estabiliza o coágulo. Alterações hereditárias na síntese ou função do fibrinogênio podem comprometer a hemostasia, resultando em condições hemorrágicas ou trombóticas. Mas o que exatamente essas alterações significam?

Classificação das alterações hereditárias do fibrinogênio:

As deficiências congênitas do fibrinogênio são divididas em duas categorias principais:

1) Alterações quantitativas: A redução da concentração de fibrinogênio pode gerar complicações. Existem duas condições principais:

Afibrinogenemia: Doença rara caracterizada pela ausência quase completa de fibrinogênio no sangue. Pode ser detectada logo após o nascimento, com sangramentos intensos, como o sangramento do cordão umbilical. Apesar da gravidade, algumas pessoas podem permanecer assintomáticas até fases mais avançadas da vida. 

Hipofibrinogenemia: Nesta condição, a quantidade de fibrinogênio está abaixo dos níveis normais, mas não ausente. Complicações costumam surgir quando os níveis ficam abaixo de 50 mg/dL, especialmente em situações de trauma ou pós-operatórios. 

2) Alterações qualitativas: Nessas condições, a estrutura do fibrinogênio está alterada, mesmo que sua concentração seja normal. 

Disfibrinogenemia: A molécula do fibrinogênio apresenta funcionamento anormal, podendo provocar tanto sangramentos quanto tromboses. Curiosamente, muitos pacientes são assintomáticos. 

Hipodisfibrinogenemia: Associa uma produção reduzida de fibrinogênio com defeito funcional. Os sintomas são variados e dependem da gravidade da alteração.

Como diagnosticar essas condições?

A investigação laboratorial dessas alterações envolve testes de coagulação e dosagem específica do fibrinogênio. 

  • Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA): podem estar alterados em casos de deficiência funcional;
  • Tempo de Trombina (TT): é um dos testes mais sensíveis para alterações no fibrinogênio, embora pouco específico;
  • Dosagem de fibrinogênio: feita por métodos funcionais (atividade) ou imunológicos (quantidade), permite diferenciar entre defeitos quantitativos e qualitativos. 

Diagnóstico diferencial – Apesar das deficiências do fibrinogênio serem raras, é crucial diferenciá-las de outras coagulopatias hereditárias, como a deficiência do fator XIII, que também pode provocar sangramentos ao nascimento.

A importância do diagnóstico precoce:

Mesmo sendo condições incomuns, as alterações hereditárias do fibrinogênio têm grande relevância clínica. A correta identificação do tipo de alteração é essencial para orientar o tratamento e prevenir complicações graves. Estar atento aos avanços nos testes laboratoriais e terapias disponíveis garante um cuidado mais preciso ao paciente.

A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA LABORATORIAL

Se você busca aprofundar seus conhecimentos sobre anisocitose e outras condições hematológicas, além de aprimorar suas habilidades analíticas, investir em uma pós-graduação é uma excelente opção.

A Pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica foi desenvolvida para profissionais que desejam se destacar no mercado, com um conteúdo atualizado e voltado para a prática. Oferecemos aulas 100% online e ao vivo, com flexibilidade para conciliar com sua rotina. Nosso corpo docente é formado por especialistas renomados, referências nas suas áreas de atuação, garantindo uma formação de excelência.

Com uma metodologia que integra teoria e prática, o curso proporciona uma imersão completa na rotina laboratorial, preparando você para ser uma referência no campo da hematologia.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, nosso compromisso é transformar você em um profissional altamente capacitado.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de tratamento das coagulopatias hereditárias. 1. ed., 1. reimp. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

NAOUM, Flavio Augusto. Doenças que Alteram os Exames Hematológicos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Promoção de

Lançamento

×

Olá!

No que posso te ajudar?

× Como posso te ajudar?