REAÇÃO LEUCEMÓIDE

REAÇÃO LEUCEMÓIDE

A reação leucemóide é um distúrbio hematológico, que se manifesta com uma contagem de leucócitos acima de 25.000/mm³. Esse aumento é desencadeado por fatores externos à medula óssea e é caracterizado por um aumento significativo de neutrófilos, além do desvio a esquerda. Embora possa se assemelhar à Leucemia Mieloide Crônica (LMC), na realidade, é uma resposta a outra condição subjacente. Quando a condição externa é tratada (geralmente quadro infeccioso), as anormalidades observadas  desaparecem.

A reação leucemóide ocorre como uma reação do sistema hematopoiético a vários estímulos, como infecções graves, inflamação, choque ou hemorragia aguda, sabe-se que várias citocinas e fatores de crescimento estão envolvidos na regulação da produção de células sanguíneas e desempenham papel inicial nesse fenômeno.

Os pacientes com reação leucemóide geralmente apresentam sintomas relacionados à condição subjacente que desencadeou a resposta. Isso pode incluir febre, fadiga e mal-estar geral. Além disso, é comum observar sinais de inflamação, como aumento dos gânglios linfáticos, baço e fígado.

Nos exames laboratoriais, é evidente um aumento acentuado dos leucócitos, principalmente neutrófilos maduros. As outras linhagens sanguíneas, como eritrócitos e plaquetas, geralmente permanecem dentro dos limites normais.

REAÇÃO LEUCEMOIDE
Sangue periférico com  Leucocitos 98.000/mm³, presença de neutrófilos de aspecto maduro, alguns com granulação tóxica, intercalados com formas hipogranulares. Menos de 1% de metamielócitos e mielócitos. Não são observados blastos. Créditos: Atlas Gechem Disponível em:https://atlas.gechem.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=1785:reaccion-leucemoide-neutrofilica-asociada-a-discrasia-de-celulas-plasmaticas-mieloma-multiple&lang=es

As reações leucemóides podem ser desencadeadas pelo uso de fatores de crescimento, como o fator estimulante de colônias granulocíticas (G-CSF), fator estimulante de colônias granulocíticas-macrofágicas (GM-CSF) e IL-3. Se a equipe laboratorial não tiver acesso ao histórico clínico do paciente, pode haver confusão com condições como a LMC.

Para diferenciar entre leucemia e reação leucemóide, são considerados aspectos degenerativos, como a presença de granulações tóxicas e vacuolização, bem como o predominância de neutrófilos maduros, que caso presentes apontam para reação leucemóide. Um baixo escore de fosfatase alcalina leucocitária (LAP) é altamente sugestivo de LMC, já que é quase sempre elevado em reações leucemoides. 

A confirmação de reação leucemoide é desafiador. Isso é alcançado por meio de exames complementares e outros mais específicos, a exemplo dos de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), além de análises da medula óssea e testes citogenéticos e moleculares.

A reação leucemóide representa um aspecto fascinante e complexo da hematologia, evidenciando a resposta reacional do sistema hematopoiético a estímulos externos. A distinção cuidadosa entre reação leucemoide e quadros leucêmicos é essencial para um manejo eficaz do paciente. 

O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada 

Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação.

Um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.

Unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino, temos a solução ideal.

Nossa metodologia combina teoria e prática da rotina laboratorial, garantindo um aprendizado efetivo.

Contamos com um corpo docente altamente qualificado, com os melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

QUERO CONHECER TODOS OS DETALHES DA PÓS-GRADUAÇÃO

Referências

DE SANTANA JUNIOR, Aníbal Pereira. REAÇÃO LEUCEMÓIDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA.

Martín Severini J, Lahitte M, Milano MJ, Gagliardo L, Cantizano LC, Miljevic JN. Reação leucemóide associada à orquidopididimite. Relato de um caso. Rev Arg Urol. 2013; 78(1):136-9. 

Martínez R, Fernández A. Reações leucemóides no recém-nascido. Acta Pediatr Hond. 2010; 1(1):26-9.

Sobre o Autor

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Promoção de

Lançamento