Plaquetograma: Importância e avanços na análise laboratorial 

Plaquetograma: Importância e avanços na análise laboratorial 

O plaquetograma é uma análise laboratorial fundamental para a avaliação quantitativa e qualitativa das plaquetas no sangue. De grande importância no diagnóstico de distúrbios da coagulação e outras condições hematológicas. Com os avanços da automação laboratorial, tornou-se possível obter resultados mais precisos e detalhados, reduzindo a interferência de erros humanos e otimizando a interpretação dos achados laboratoriais. 

Automação no plaquetograma:

A automação tem revolucionado a análise das plaquetas, proporcionando rapidez, confiabilidade e uma avaliação mais detalhada de suas características. Sistemas automatizados, como contadores hematológicos e analisadores de imagem, permitem uma contagem precisa, além sinalizarem possíveis alterações morfológicas.

Macroplaquetas e plaquetas gigantes. Fonte: CellWiki. 

Os principais parâmetros analisados incluem:

  • Plaquetas (PLT): Contagem total de plaquetas no sangue; 
  • Volume plaquetário médio (VPM): Indica o tamanho médio das plaquetas e auxilia na diferenciação de trombocitopatias; 
  • Distribuição do volume plaquetário (PDW): Avalia a variação do tamanho das plaquetas (anisocitose plaquetária); 
  • Plaquetas grandes (P-LCR): Percentual de plaquetas com volume elevado, importante para identificar alterações funcionais. 

Cuidados na coleta e preparação de lâminas: 

Embora a automação tenha aprimorado a análise plaquetária, a qualidade da amostra continua sendo um fator crítico. Pequenos erros na coleta e no manuseio do sangue podem comprometer os resultados. Alguns cuidados incluem: 

  1. Escolha do anticoagulante: O EDTA é o mais utilizado por preservar a morfologia celular, mas pode induzir agregados plaquetários em alguns pacientes;
  2. Homogeneização adequada: Evita distribuição desigual das plaquetas, agregados plaquetários e garante contagem precisa; 
  3. Confecção do esfregaço sanguíneo: Deve ser padronizada para garantir distribuição homogênea das células e evitar áreas de sobreposição ou escassez plaquetária. 

Interpretação dos resultados:

A interpretação dos parâmetros do plaquetograma requer conhecimento das interferências pré-analíticas e das variações fisiológicas e patológicas que afetam a contagem e morfologia das plaquetas. A avaliação não deve se limitar à contagem numérica, sendo necessária a análise de alterações como: 

  • Alterações na granulação; 
  • Presença de macroplaquetas e plaquetas gigantes
  • Presença de plaquetas dismórficas, indicativas de doenças hematológicas. 

Ponto de vista prático (desafios e limitações):

Embora a automação traga avanços significativos na análise do plaquetograma, ela não é isenta de desafios. O uso do EDTA, por exemplo, pode induzir agregados plaquetários, comprometendo a precisão da contagem e podendo gerar diagnósticos errôneos, como a pseudotrombocitopenia. Além disso, a presença de plaquetas gigantes ou dismórficas pode ser mal interpretada por alguns sistemas automatizados, exigindo a correlação com a análise microscópica. Assim, apesar das inovações tecnológicas, a qualidade da amostra e a expertise do profissional continuam sendo essenciais para resultados confiáveis. 

Nenhuma tecnologia substitui o olhar crítico do profissional! 

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Referências:

NAOUM, Paulo Cesar; NAOUM, Flávio Augusto. Interpretação Laboratorial do Hemograma. São Paulo: Ciência News, 2010. 

FAILACE. R.; FERNANDES, F. Hemograma: Manual de interpretação. 6° ed. Artmed. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Manual de Diagnóstico Laboratorial das Coagulopatias Hereditárias e Plaquetopatias. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 

MONTEIRO, Leila. Valores de Referência dos Índices Plaquetários e Construção de Algoritmo para Liberação do Plaquetograma. Recife: Universidade de Pernambuco, 2017. 

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