METODOLOGIAS MANUAIS PARA CONTAGEM DE PLAQUETAS

METODOLOGIAS MANUAIS PARA CONTAGEM DE PLAQUETAS

As plaquetas desempenham um papel fundamental no processo de coagulação e hemostasia, sua avaliação laboratorial envolve não apenas a análise quantitativa, mas também a investigação de sua função que mais diretamente pode estar associada a sua morfologia.

A contagem plaquetária por métodos automatizados é amplamente utilizada devido à sua precisão. Os equipamentos, além de fornecerem dados sobre o número de plaquetas, também analisam sua distribuição volumétrica, sugerindo características como a presença de macroplaquetas e plaquetas gigantes.

Embora os contadores automáticos ofereçam maior precisão com um coeficiente de variação pequeno, metodologias manuais para contagem de plaquetas ainda são aplicadas em situações específicas. 

Realizadas em lâminas, essas técnicas manuais oferecem uma alternativa, especialmente em laboratórios com recursos limitados ou para confirmar discrepâncias nos resultados automatizados, como nos casos de número aumentado de macroplaquetas e plaquetas gigantes (plaquetas contadas como hemácias), ou na presença de grande número de fragmentos de hemácias (fragmentos contados como plaquetas). 

Apesar de apresentarem maior variação nos resultados, essas metodologias desempenham um papel relevante na rotina laboratorial e merecem atenção especial em sua aplicação e interpretação.

Método de Bárbara H. O’Connor:

A avaliação plaquetária pelo método de Bárbara O’Connor é realizada através da confecção de extensões sanguíneas a partir de amostras de sangue total anticoagulado com K3EDTA.

As plaquetas são contadas em 10 campos diferentes utilizando um microscópio óptico com aumento de 1.000 vezes, e a média de plaquetas por campo é calculada. Esse valor médio é então multiplicado por 13.000, que é a constante de multiplicação, para estimar o número de plaquetas por microlitro (µL) de sangue, proporcionando uma estimativa da quantidade plaquetária na amostra.

Método de Fônio Modificado:

O método Fônio modificado utiliza extensões sanguíneas preparadas a partir de amostras de sangue total coletadas com K3EDTA. As plaquetas são contadas sob microscópio ótico com aumento de 1.000 vezes, analisando-se a presença de plaquetas em 1.000 eritrócitos. 

Para determinar o número estimado, o cálculo é feito multiplicando o número de plaquetas contadas pelo número de eritrócitos observados (dado pela automação) e dividindo o resultado por 1.000, proporcionando uma estimativa da quantidade de plaquetas na amostra.

Método de Nosanchunk, Chang e Bennett

O método de Nosanchunk, Chang e Bennett também envolve a confecção de extensões sanguíneas a partir de amostras de sangue total anticoagulado com K3EDTA. As plaquetas são contadas em oito campos sob microscópio óptico com aumento de 1.000 vezes. 

A soma das plaquetas observadas nesses campos é multiplicada por 2.000, que é a constante de multiplicação, para estimar o número total de plaquetas por microlitro (µL) de sangue.

Método Alternativo:

No método alternativo, as plaquetas são contadas no microscópio óptico com aumento de 1.000 vezes em 10 campos diferentes. Em seguida, calcula-se o valor médio de plaquetas por campo. Esse valor médio é multiplicado pela concentração de hemoglobina do paciente, expressa em g/dL, e o resultado é multiplicado por 1.000 para fornecer o valor estimado de plaquetas por microlitro (CPM) de sangue.

Vale ressaltar que esses métodos manuais de contagem de plaquetas possuem uma precisão inferior à dos sistemas automatizados, sendo, portanto, recomendados apenas em situações específicas em que a automação não está disponível ou quando há necessidade de confirmação dos resultados. Devido à maior variação nos valores obtidos, esses métodos devem ser utilizados com cautela.

O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada

Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação. Isso porque, um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.

Por isso, unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino.

Além disso, contamos com um corpo docente altamente qualificado, composto pelos melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação. Nossa metodologia, que combina teoria e prática da rotina laboratorial, garante um aprendizado efetivo e de qualidade.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Referências:

COMAR, Samuel R.; DANCHURA, Heloísa SM; SILVA, Paulo H. Contagem de plaquetas: avaliação de metodologias manuais e aplicação na rotina laboratorial. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 31, p. 431-436, 2009.

DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015.

OLIVEIRA, Raimundo Antônio Gomes. Hemograma: Como fazer e interpretar. 1ª edição. Editora LMP, 2007.

ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de hematologia. Atheneu. 899p. 2013.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Promoção de

Lançamento