ERITROGRAMA: o que é, quais os parâmetros e o que pode indicar.
O hemograma constitui um dos exames laboratoriais mais requisitados na prática médica, devido à sua elevada sensibilidade no diagnóstico clínico. Apesar de sua inespecificidade, que frequentemente demanda testes complementares para confirmar hipóteses diagnósticas, ele desempenha um papel importantíssimo como ferramenta inicial na investigação de diversas condições.
Esse exame é dividido em três partes: eritrograma, leucograma e plaquetograma.
No eritrograma, é realizada uma análise completa dos eritrócitos por meio dos índices hematimétricos, que avaliam volume, coloração e outros aspectos das hemácias, auxiliando na detecção de condições clínicas como a anemia.
É importante ressaltar que o laboratório clínico deve considerar fatores variáveis, como idade e sexo do paciente ao interpretar os parâmetros alí presentes.
O QUE SIGNIFICA CADA PARÂMETRO DO ERITROGRAMA:
- Contagem de eritrócitos: É o primeiro parâmetro do eritrograma, onde os eritrócitos são quantificados e os resultados expressos em milhões/mm³. Geralmente, a contagem dos eritrócitos é realizada, na maioria dos analisadores hematológicos, pelo método da impedância.
- Dosagem de hemoglobina: É um índice laboratorial essencial para identificar a presença de anemia e avaliar sua intensidade, sendo classificada como discreta, moderada ou intensa, de acordo com os valores de hemoglobina encontrados.
- Hematócrito: É o parâmetro laboratorial que mede a porcentagem do volume de sangue ocupado pelas hemácias. Ele é utilizado para avaliar o grau de concentração delas no sangue e auxilia na identificação de condições como anemias, desidratação e policitemias.
- Volume corpuscular médio (VCM): É o parâmetro utilizado para determinar o tamanho das hemácias, classificando-as como microcíticas, normocíticas ou macrocíticas. Quando os valores de VCM estão abaixo do normal, caracteriza-se microcitose, e quando estão elevados, indica-se macrocitose.
- Hemoglobina corpuscular média (HCM): Nesse índice é medido a quantidade média de hemoglobina por hemácia, em peso (picogramas – pg) permitindo a avaliação da coloração e classificando-as como hipocrômicas ou normocrômicas. Quando os valores de HCM estão baixos denomina-se hipocromia. O cálculo do HCM pode ser feito pela fórmula: HCM = Hgb / Eritrócitos × 10.
- Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM): É um índice que indica a concentração média de hemoglobina nas hemácias, classificando-as também como hipocrômicas (baixo conteúdo de hemoglobina) ou normocrômicas (conteúdo normal de hemoglobina). Valores baixos de CHCM podem ser observados em diversas condições, especialmente em anemias. Já valores elevados de CHCM podem indicar alterações no funcionamento da tireoide, consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou condições como a esferocitose hereditária.
- Amplitude da anisocitose (RDW): Nesse parâmetro é medido a variação no tamanho das hemácias presentes no sangue. Ele indica a diversidade de volume das hemácias, ou seja, o grau de anisocitose (presença de eritrócitos de diferentes tamanhos). O RDW é especialmente alterado em anemias, como a anemia ferropriva, megaloblástica e hemolíticas
- Análise qualitativa: é possível, através da avaliação microscópica, identificar alterações morfológicas, como poiquilocitoses (variação na forma das hemácias), inclusões eritrocitárias, presença de hemoparasitas e outras alterações que possam acometer os eritrócitos.
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Referências:
DA SILVEIRA, Cristina Magalhães. Laboratório de Hematologia–teorias, técnicas e atlas. Editora Rubio, 2020.
DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015.
OLIVEIRA, Raimundo Antônio Gomes. Hemograma: Como fazer e interpretar. 1ª edição. Editora LMP, 2007.
ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de hematologia. Atheneu. 899p. 2013.
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