CONTROLE DE QUALIDADE EM HEMATOLOGIA
O controle de qualidade corresponde ao conjunto de atividades planejadas que assegura os processos de acordo com determinados pré-requisitos. Um programa de qualidade no laboratório de hematologia visa a ações reais, a fim de aumentar a probabilidade de se obter resultados adequados e confiáveis.
O hemograma é um dos exames de triagem mais importantes para o diagnóstico e o controle evolutivo das doenças infecciosas, crônicas e agudas e no acompanhamento de tratamentos. por meio desse exame podemos analisar as variações quantitativas e morfológicas das séries sanguíneas.
Com isso, a automação do hemograma tem proporcionado um aumento na eficácia e na confiabilidade dos resultados emitidos pelos laboratórios de hematologia. A garantia da qualidade desse exame tem como objetivo assegurar a confiabilidade dos testes hematológicos em todas as fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica.
Fase Pré-analítica
A fase pré-analítica é o período entre a solicitação médica até a realização do exame e envolve a requisição do exame, ou seja, compreende todos os processos anteriores à amostra ser processada pelo equipamento e analisada. Um erro na fase pré-analítica influencia decisivamente no erro total e, consequentemente, no resultado analítico que o laboratório for liberar para o paciente.
Os exemplos de erros mais comuns na fase pré-analítica são:
- O preenchimento inadequado do pedido
- A troca da etiqueta com a identificação do paciente no tubo ou lâmina
- O uso excessivo no tempo do torniquete
- A coleta difícil e lenta (geralmente coleta pediátrica)
- O volume do sangue inadequado
- A ordem incorreta dos tubos de coleta
- A homogeneização insuficiente do tubo
- O tempo prolongado entre a coleta e a realização do exame
Para tentar diminuir os erros, o laboratório deve priorizar a fase pré-analítica, desenvolvendo procedimentos próprios com base nas normas de acreditação e certificação da qualidade, uma vez que a maioria dos erros podem ocorrer nesta fase.
Fase Analítica
A fase analítica corresponde à da realização da análise propriamente dita. Integram esta fase a manutenção dos equipamentos, a calibração, a validação, o controle de qualidade, a preparação e a análise da amostra. A confiabilidade dos resultados do laboratório é garantida pela realização do controle de qualidade, que tem como funções básicas a análise, a pesquisa e a prevenção de ocorrência de erros laboratoriais por meio de programas que incluem tanto o controle interno quanto o controle externo.
Implementação de procedimentos operacionais padrão e controle de qualidade interno e externo aumenta a confiabilidade dos resultados obtidos nas análises.
A manutenção dos aparelhos deve ser feita periodicamente inclusive do microscópio que é um instrumento fundamental para a qualidade da análise da amostra na hematologia. Problemas com esse equipamento podem induzir o analista ao erro durante a análise. Para garantir uma boa capacidade de funcionamento e diminuições de quebras.
Fase Pós-analítica
Segundo a RDC no 302/2005 da Anvisa, a fase pós-analítica é aquela que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e termina com a emissão do laudo, para interpretação pelo solicitante. Na fase pós-analítica, a entrega do laudo deve ser eficiente, evitando trocas, extravios. Os valores críticos devem ser avisados imediatamente. Recomenda-se que a liberação dos exames seja realizada por interfaceamento para evitar erros de digitação.
O resultado crítico trata-se de um resultado que representa uma variação do estado fisiopatológico normal. Ele pode levar a risco de morte, a menos que alguma ação seja feita rapidamente.
Conclusão
A qualidade é o componente mais importante para que, não os laboratórios, mas também os analistas ofereçam analises capazes de ser condizentes com o real quadro clínico do paciente. Dentro desse contexto, é essencial que os laboratórios de análises clínicas implementem um sistema de gestão da qualidade para controlar seus processos, e os analistas estejam sempre aprimorando seu conhecimento técnico afim de manter a qualidade laboratorial.
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Referências
BACALL, N.S. Analisador automático hematológico e a importância de validar novos equipamentos em laboratórios clínicos. Rev..Bras.Anal.Clin., v. 31, n. 4, p. 218- 220, 2009
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005 – Ministério da Saúde – MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA Disponível em: https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f
MELO M. A.; SILVEIRA C. M. Laboratório de Hematologia – Teorias, Técnicas e Atlas 2015 Editora Rubio Ltda. ISBN
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