PRINCIPAIS CONDIÇÕES QUE INTERFEREM NOS RESULTADOS DO HEMOGRAMA
Na rotina da hematologia, é essencial conhecer as condições que podem interferir nos resultados fornecidos pelos analisadores. Fatores como lipemia, icterícia, hemólise, amostras antigas e até mesmo a presença de agregados plaquetários podem impactar diretamente os parâmetros analisados, exigindo ações corretivas específicas para minimizar os efeitos dessas interferências.
Lipemia e Icterícia:
A lipemia e a icterícia são condições que podem interferir nos resultados da maioria dos analisadores, especialmente nos parâmetros de hemoglobina total (Hgbt), HCM e CHCM. Essas condições levam ao aumento da turbidez no plasma, que afeta a leitura espectrofotométrica, resultando em valores erroneamente aumentados nesses parâmetros. Para corrigir esse problema, recomenda-se substituir o plasma por uma quantidade equivalente de salina, porém no laudo final, no eritrograma devem ser utilizados esses valores novos após correção e no leucograma deve-se manter os resultados da primeira leitura.
Crioaglutininas:
As aglutininas frias podem alterar de forma falsa e significativa em vários parâmetros do eritrograma, como a diminuição do número de eritrócitos e hematócrito, e elevação de volume corpuscular médio (VCM), Hemoglobinas na Corpuscular Media (HCM), hemoglobina corpuscular média (CHCM) e do RDW (Amplitude de distribuição dos eritrócitos).
Essas alterações ocorrem devido à aglutinação das hemácias que muitas vezes são contadas como apenas uma hemácia. para corrigir é recomendado aquecer a amostra a 37 °C em banho maria por em média 30 minutos e reanalisar.
Hemólise:
A hemólise é uma condição que interfere nos resultados ao causar diminuição na contagem de eritrócitos e do volume globular. Esse efeito ocorre porque os eritrócitos lisados não são contabilizados pelos analisadores, levando a resultados comprometendo a precisão do exame. Para corrigir essa situação deve-se solicitar uma nova amostra.
Agregados plaquetários:
Os agregados plaquetários podem causar uma diminuição aparente na contagem de plaquetas e um aumento falso nos leucócitos. Isso ocorre porque os agregados também são contados como leucócitos. Para corrigir, deve-se solicitar nova coleta da amostra em citrato de sódio e o resultado deve ser multiplicado por 1,1 (fator de correção).
Micrócitos e esquistócitos:
A presença de micrócitos e esquistócitos podem gerar diminuição dos eritrócitos e aumento da quantidade de plaquetas. Isso porque os micrócitos e eritrócitos são menores que o limite de corte inferior para as hemácias. No histograma pode aparecer a forma de correção é que deve-se revisar a lâmina e realizar outro método de contagem para as plaquetas.
Amostra envelhecida:
A utilização de amostras depois de um longo período da coleta, pode comprometer os resultados laboratoriais, causando aumento no volume corpuscular médio (VCM) e no volume plaquetário médio (VPM), além de diminuição na contagem de plaquetas e erros na contagem diferencial de leucócitos.
Essas alterações ocorrem porque os eritrócitos se incham à medida que a amostra envelhece, as plaquetas aumentam de tamanho e degeneram, e os leucócitos sofrem alterações devido à exposição prolongada ao EDTA. Para evitar esses problemas, é essencial solicitar uma nova amostra e definir um critério de aceitabilidade de amostra de acordo com as normas da qualidade laboratorial.
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Referências:
BAIN, Barbara J. Células sanguíneas: um guia prático. Tradução de Renato Failace. 5ª edição. Editora Artmed, 2016.
DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015.
DE MELO, Márcio Antonio Wanderley; DA SILVEIRA, Cristina Magalhães. Laboratório de Hematologia–teorias, técnicas e atlas. Editora Rubio, 2020.
OLIVEIRA, Raimundo Antônio Gomes. Hemograma: Como fazer e interpretar. 1ª edição. Editora LMP, 2007.
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