PLAQUETOPENIA INDUZIDA POR MEDICAMENTOS

PLAQUETOPENIA INDUZIDA POR MEDICAMENTOS

É sabido que o uso de certos medicamentos pode interferir em alguns testes nas análises clínicas, resultando em alterações nos resultados e, consequentemente, comprometendo o diagnóstico. Para minimizar esses riscos, é fundamental que os laboratórios adotem práticas padronizadas de cadastro de atendimento, garantindo que todas as informações sobre as medicações em uso pelo paciente sejam devidamente registradas.

A plaquetopenia induzida por medicamentos é um exemplo relevante desse tipo de situação, inclusive podendo simular quadros púrpura trombocitopênica idiopática (PTI). Além de afetar a contagem, alguns fármacos podem impactar a função plaquetária sem alterar diretamente a quantidade de plaquetas circulantes. Essas interferências medicamentosas podem ocorrer in vivo ou in vitro. 

Os medicamentos podem induzir trombocitopenia por meio de diversos mecanismos imunológicos. Entre os principais, destacam-se:

  1. Formação de imunocomplexos: O medicamento se liga a um anticorpo no plasma, e o receptor Fc da imunoglobulina da membrana plaquetária captura o imunocomplexo formado. Esse processo desencadeia a ativação do sistema reticuloendotelial que fagocita a maioria dos imunocomplexos ocasionando a plaquetopenia.
  2. Adsorção direta do medicamento à plaqueta: O anticorpo pode se ligar diretamente à droga adsorvida à superfície da plaqueta, concentrando o fármaco nela e desencadeando uma resposta imunológica que leva à destruição plaquetária. Esse processo ocorre porque a droga na plaqueta pode sofrer alterações conformacionais que a tornam imunogênica, além de alterar a conformação dos  constituintes normais da plaqueta.

Esses mecanismos não são mutuamente exclusivos e podem ocorrer simultaneamente em um mesmo indivíduo. 

De forma geral, o diagnóstico de plaquetopenia medicamentosa é desafiador, uma vez que os sintomas podem ser inespecíficos e variar conforme a gravidade da condição. Clinicamente, o paciente pode se manifestar com sinais como petéquias, hematomas e epistaxe. No entanto, em casos mais graves, o sangramento pode se iniciar de forma aguda, com hemorragias nas mucosas gastrointestinal e geniturinária, além de hemorragias intracraniana ou pulmonar, que exigem atenção imediata e cuidados médicos urgentes.

Para atribuir a trombocitopenia a uma determinada medicação, é necessário atender a alguns critérios, como a presença de plaquetopenia apenas após o início do tratamento com a droga em questão, além da ausência de outras causas plausíveis para a diminuição das plaquetas, como doenças subjacentes do paciente. Por isso, é fundamental que o analista tenha acesso à história clínica completa do paciente para um diagnóstico preciso.

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Referências:

DA SILVA, Paulo Henrique et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Artmed Editora, 2015.

SECO-MELANTUCHE, Raquel; DELGADO-SÁNCHEZ, Olga; ÁLVAREZ-ARROYO, Laura. Incidencia de trombocitopenia inducida por fármacos en pacientes hospitalizados. Farmacia Hospitalaria, v. 37, n. 1, p. 27-34, 2013.

NODA, Gilberto Soler; ROJAS, Suharmi Aquino; HERNÁNDEZ, Antonio Bencomo. Trombocitopenia inducida por fármacos. Revista Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, v. 33, n. 3, p. 42-54, 2017.

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