ERITRÓCITOS: FUNÇÃO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL

ERITRÓCITOS: FUNÇÃO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL

Os eritrócitos, também conhecidos como hemácias, são células anucleadas, responsáveis pelo transporte de oxigênio aos tecidos, e para a remoção de dióxido de carbono do corpo. Produzidos na medula óssea através da eritropoiese, esses glóbulos vermelhos passam por um processo rigoroso de maturação, que inclui a perda do núcleo na fase de eritroblasto ortocromático. Após essa etapa, eles se tornam reticulócitos, que são liberados na circulação sanguínea.

Eritrócitos em lâmina. Fonte: CellWiki.

A estrutura bicôncava das hemácias e a ausência de organelas favorecem sua função primária, que é maximizar a capacidade de transporte gasoso. No entanto, essas características também impõem um tempo de vida limitado, geralmente em torno de 120 dias. Ao final de seu ciclo, os eritrócitos envelhecidos perdem flexibilidade e são fagocitados por macrófagos localizados no baço, fígado e medula óssea.

Impacto das alterações no ciclo eritrocitário:

Alterações no seu ciclo de formação pode resultar em patologias hematológicas graves, como as anemias hemolíticas. Essas condições podem ter causas intrínsecas, como defeitos na membrana, hemoglobinopatias e deficiências enzimáticas, ou causas extrínsecas, como doenças autoimunes, infecções ou exposição a toxinas. Quando a destruição acelerada dos eritrócitos ocorre, isso pode levar a um aumento da bilirrubina indireta, elevação dos níveis de desidrogenase lática (LDH) e diminuição da haptoglobina, que são importantes indicadores laboratoriais de hemólise.

Comparação com outras células sanguíneas:

Em comparação com outras células sanguíneas, os eritrócitos possuem uma longevidade significativamente mais longa:

  • Neutrófilos: Vivem de 6 a 10 horas na circulação periférica, podendo sobreviver de 1 a 2 dias nos tecidos, especialmente durante processos inflamatórios.
  • Linfócitos: Sua longevidade varia de dias a anos, dependendo da ativação e do ambiente imunológico. Linfócitos T e B podem se diferenciar em células de memória com duração prolongada, que podem perdurar por anos.
  • Monócitos: Circulam por 20 a 40 horas antes de migrar para os tecidos, onde se transformam em macrófagos. Os macrófagos podem sobreviver por meses a anos, dependendo do ambiente e da função imunológica.
  • Plaquetas: Têm uma vida útil de cerca de 10 dias, sendo essenciais para a hemostasia.

Essas diferenças nos tempos de vida refletem as funções específicas e as exigências de cada célula para o organismo. Enquanto as hemácias necessitam de um tempo de vida relativamente longo para garantir a eficiência no transporte de oxigênio, outras células, como os neutrófilos, são removidas rapidamente para responder a infecções e processos inflamatórios.

Relevância para a prática laboratorial:

A avaliação dos eritrócitos é um componente essencial na rotina dos laboratórios de análises clínicas. Alterações morfológicas, variações nos índices hematimétricos e parâmetros bioquímicos, como a evidência de eritrofagocitose, são importantes para o diagnóstico diferencial de anemias e outras condições hematológicas. 

O estudo contínuo dos mecanismos de produção, metabolismo e destruição das hemácias contribui para o aprimoramento dos diagnósticos laboratoriais e terapêuticos, assegurando abordagens mais precisas e eficazes no manejo de doenças hematológicas.

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Referências:

HOFFBRAND, Victor; MOSS, Paul A. H. Fundamentos em Hematologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

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