BLASTOS ASA DE BORBOLETA EM LPA

BLASTOS ASA DE BORBOLETA EM LPA

Normalmente, os núcleos dos blastos têm uma forma arredondada e, à medida que as células amadurecem, a forma do núcleo pode mudar, dependendo da linhagem celular. Contudo, é possível encontrar núcleos bilobulados, destaque para a leucemia promielocítica aguda (LPA), um tipo de Leucemia Mieloide Aguda(LMA), onde é possível encontramos os blatos asa de borboleta.

É interessante como a morfologia do núcleo pode fornecer pistas importantes sobre o diagnóstico. Os núcleos bilobulados são realmente uma característica distintiva para LPA, onde são apelidados de “asas de borboleta “. Essa observação morfológica é valiosa para os médicos durante o diagnóstico.

BLASTOS ASA DE BORBOLETA EM LPA
Blastos Asas de anjo em Leucemia Promielocítica Aguda

Apesar de ser classificada como um subtipo de LMA, a LPA é geralmente tratada separadamente devido às suas características únicas em termos de etiologia, apresentação clínica, exames laboratoriais e abordagens terapêuticas. 

Essa leucemia é caracterizada por uma translocação recorrente entre os cromossomos 15 e 17, resultando na formação do gene de fusão PML-RARA. O gene de fusão PML-RARA codifica uma proteína de fusão anormal que interfere nos processos de diferenciação celular e leva à proliferação descontrolada de promielócitos na medula óssea, caracterizados por núcleos bilobulares ou fendidos, uma zona de Golgi pouco evidente e uma intensa granulação citoplasmática. Por este motivo, quando evidenciadas as características no esfregaço, costuma-se enquadrá-los também como blastos/promielócitos anômalos.

Uma das complicações mais significativas associadas à LPA é a síndrome de coagulação intravascular disseminada (CIVD), desencadeada pela liberação de substâncias pró-coagulantes dos grânulos anômalos dos promielócitos. Essa síndrome se manifesta com hemorragias graves e marcadores laboratoriais característicos, como prolongamento dos tempos de coagulação, diminuição dos níveis de fibrinogênio e aumento dos produtos de degradação da fibrina, como os dímeros-D. Essas alterações sanguíneas refletem a ativação generalizada do sistema de coagulação, contribuindo para complicações hemorrágicas significativas e aumentando a mortalidade na LPA.

A confirmação diagnóstica deve ser feita por técnicas capazes de detectar a t(15;17) ou o gene híbrido PML-RARa. Citogenética convencional, hibridização por sondas de fluorescência in situ (FISH, do inglês Fluorescence in situ hybridization) e reação em cadeia de polimerase por transcriptase reversa (RT-PCR) são opções disponíveis. No entanto, na menor suspeita, o analista deve fazer contato com equipe médica, uma vez que o tratamento não é prejudicial nos casos negativos, mas com altas chances de óbito em caso positivo.

A LPA é o primeiro modelo de doença genética adquirida tratada com uma droga específica, o ácido all-trans-retinoico (ATRA), que induz diferenciação terminal seguida de apoptose das células leucêmicas.

Assim, a morfologia celular continua a desempenhar um papel fundamental na avaliação, diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento em pacientes com LPA, fornecendo informações valiosas sobre a eficácia terapêutica e a progressão da doença. Portanto, a análise cuidadosa da morfologia celular é uma ferramenta indispensável no manejo clínico.

O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada 

Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação.

Um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.

Unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino, temos a solução ideal.

Nossa metodologia combina teoria e prática da rotina laboratorial, garantindo um aprendizado efetivo.

Contamos com um corpo docente altamente qualificado, com os melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Referências

Naoum, F. A. (2017). Doenças que alteram os exames hematológicos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu.

Jacomo, R. H., Figueiredo-Pontes, L. L., & Rego, E. M. (2008). Do paradigma molecular ao impacto no prognóstico: uma visão da leucemia promielocítica aguda. Revista da Associação Médica Brasileira, 54, 82-89.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Promoção de

Lançamento