AUTOMAÇÃO NA LEITURA DE LÂMINAS

Os analisadores hematológicos trouxeram grandes avanços para os laboratórios, tornando os processos mais rápidos e confiáveis. No entanto, a revisão microscópica continua essencial, especialmente quando há flags ou suspeita de células anormais.
Com a digitalização de lâminas e o uso de inteligência artificial, a análise morfológica celular evoluiu, permitindo uma leitura mais ágil e padronizada.
Como funciona a leitura automatizada de lâminas?
Os sistemas modernos de análise hematológica integram microscópios avançados a computadores, permitindo a captação e processamento automatizado de imagens das células sanguíneas. Com a lâmina previamente preparada e corada, o microscópio automatizado identifica a monocamada, a região ideal para a contagem diferencial de leucócitos.
Após essa etapa, o sistema captura imagens de centenas de células, incluindo leucócitos e hemácias. Utilizando inteligência artificial, ele realiza a pré-classificação dos leucócitos e a caracterização dos glóbulos vermelhos, analisando suas características morfológicas por meio de uma rede neural artificial.
Por fim, as células pré-classificadas são exibidas na tela do computador em alta resolução, permitindo que o analista revise e, se necessário, ajuste as classificações. Esse processo otimiza o fluxo de trabalho no laboratório, aumentando a produtividade, reduzindo falsos-negativos e garantindo maior precisão nas análises.
Lâminas em processo de escaneamento. Fonte: CellaVision.
Fonte: Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos, 2016.
Quais são as vantagens?
- Padronização – A análise digital reduz a variação entre profissionais, garantindo mais consistência nos resultados;
- Agilidade na liberação de exames – A automação acelera o fluxo de trabalho, tornando o laboratório mais produtivo;
- Revisão remota (Tele-hematologia) – Imagens podem ser compartilhadas com especialistas de qualquer lugar para uma segunda opinião;
- Registro de imagens e acompanhamento de casos – Permite monitorar a evolução de pacientes, como aqueles em quimioterapia;
- Aplicação no ensino e treinamento – O sistema possibilita a criação de bibliotecas digitais para capacitação profissional.
Mas e as limitações?
Apesar da inovação, a tecnologia ainda enfrenta alguns desafios:
- Análise da série vermelha – Ainda não atinge a mesma precisão da microscopia convencional;
- Amostragem menor – A contagem celular automatizada se baseia em cerca de 100 células, enquanto analisadores convencionais avaliam milhares, garantindo mais precisão estatística;
A automação na leitura de lâminas representa um grande avanço na hematologia laboratorial, tornando os processos mais rápidos, confiáveis e padronizados. Embora não substitua completamente a avaliação microscópica, otimiza a rotina dos laboratórios e melhora a qualidade dos resultados.
Com a constante evolução da tecnologia, essas ferramentas tendem a se tornar cada vez mais precisas e acessíveis, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes.
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Referências:
SILVA, Paulo Henrique da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
FAILACE, Renato; FERNANDES, Flávio. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
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