ANEMIA NO HIPOTIREOIDISMO

ANEMIA NO HIPOTIREOIDISMO

O hipotireoidismo é uma condição mais comum entre mulheres, caracterizada pela produção inadequada de hormônios pela glândula tireoide, afetando o metabolismo. Embora o impacto principal seja sobre o sistema endócrino, essa condição também pode interferir no sistema hematológico, resultando em anemia. A anemia no hipotireoidismo é uma complicação frequentemente subdiagnosticada.

O hemograma, um exame simples, desempenha um papel crucial na identificação e diferenciação desse tipo de anemia, ajudando no direcionamento do tratamento adequado.

Hipotireoidismo e seus efeitos no hemograma:

O hipotireoidismo afeta diretamente a produção de glóbulos vermelhos, já que os hormônios tireoidianos são necessários para a eritropoese, o processo de formação das hemácias. Com a diminuição desses hormônios, a medula óssea torna-se menos eficiente na produção de células sanguíneas. 
Além disso, muitos pacientes com hipotireoidismo apresentam deficiências nutricionais, como deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, que podem agravar o quadro anêmico. Essas deficiências afetam a produção e maturação das hemácias, contribuindo para diferentes tipos de anemia.

Tipos de anemia associados ao hipotireoidismo:

  • Anemia normocítica: A forma mais comum no contexto de hipotireoidismo. Nesse tipo, o Volume Corpuscular Médio (VCM) permanece normal, mas a quantidade de hemácias é insuficiente devido à baixa produção pela medula óssea. 
  • Anemia microcítica e hipocrômica: A deficiência de ferro é uma causa frequente de anemia em pacientes hipotireoidianos. A absorção de ferro pode ser comprometida pela redução da acidez gástrica, característica do hipotireoidismo, resultando em uma anemia microcítica. 
  • Anemia macrocítica: Em alguns casos, a falta de vitamina B12 ou ácido fólico pode resultar em anemia macrocítica, com células sanguíneas de tamanho aumentado. Esse tipo de anemia é mais frequentemente associado a problemas de absorção intestinal, comuns em pessoas com hipotireoidismo. 

E qual o papel do hemograma no diagnóstico?

O hemograma é a porta inicial para identificar e diferenciar os tipos de anemia no hipotireoidismo. Parâmetros como o Volume Corpuscular Médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) fornecem informações cruciais sobre o tipo de anemia e suas possíveis causas. A contagem de reticulócitos permite de forma complementar verificar a atividade de produção da medula.

Tratamento e correção da anemia no hipotireoidismo:

O tratamento para a anemia associada ao hipotireoidismo é principalmente baseado na reposição hormonal com levotiroxina, que normaliza os níveis de hormônios tireoidianos e melhora a eritropoese. 

Embora o tratamento hormonal seja eficaz, a normalização dos parâmetros hematológicos pode levar algum tempo, com a normalização do VCM geralmente ocorrendo entre três a quatro meses após o início da reposição hormonal. Em casos de deficiência nutricional adicional, como ferro ou vitaminas, a suplementação pode ser necessária.

Conclusão

A anemia no hipotireoidismo é uma complicação importante que exige atenção. O diagnóstico precoce, utilizando o hemograma e outros exames laboratoriais, é fundamental para guiar o tratamento adequado. A reposição hormonal é a chave para corrigir a deficiência de hormônios tireoidianos e melhorar os parâmetros hematológicos, mas o monitoramento contínuo é importante para garantir uma resposta eficaz e evitar complicações.  

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Referências:

NAOUM, Flávio. Doenças que alteram os exames hematológicos. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2017.
ZAGO, Marco Antonio et al. Tratado de hematologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2014.


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