TRICOLEUCEMIA – ASPECTOS CLÍNICOS
A tricoleucemia é uma doença linfoproliferativa que acomete os linfócitos B, ocasionando um acúmulo no sangue periférico, baço e medula óssea. no hemograma, os sinais mais comuns estão relacionados com pancitopenia, com sintomas associados à anemia, manifestações hemorrágicas pela trombocitopenia e infecções bacterianas pela neutropenia e monocitopenia.
O diagnóstico da tricoleucemia é realizado através de aspectos citomorfológicos, histopatológicos, imunofenotípicos e citoquímicos das células pilosas. As células linfóides B maduras na neoplasia apresentam geralmente núcleo oval e excêntrico, com prolongamento citoplasmático e projeções finas semelhantes a fios de cabelo, por isso também chamada de “leucemia de células cabeludas”. São observados um pequeno número de tricoleucócitos no sangue periférico, sendo mais numerosos na medula óssea.
A medula óssea encontra-se com hipercelularidade na maioria dos pacientes, com infiltração por células leucêmicas de forma difusa ou focal e aumento de reticulina.
A Imunofenotipagem Como Diagnóstico Diferencial
As células tumorais apresentam imunoglobulinas de superfície IgM, IgD, IgG ou IgA e expressam antígenos de linhagem linfóide B (CD19, CD20, CD22, CD79b). A tricoleucemia exibe um perfil imunofenotípico característico, são típicamente CD5, CD10 e CD23 negativas e positivas para os antígenos associados a células B CD19, CD20 e CD22 e normalmente co-expressam fortemente as moléculas CD103, CD25, CD11c, e expressão intensa de CD45 semelhante até a outras leucemias linfóides B maduras.
Assim sendo, a citometria de fluxo permite o diagnóstico diferencial com outras afecções por meio da presença ou não da expressão de antígenos específicos e pela intensidade da expressão antigênica desses antígenos demonstrando a presença de linfócitos B monoclonais com perfil sugestivo de Tricoleucemia, como na imagem a seguir:
- Fúcsia: células de tricoleucemia;
- Vermelho – células B normais
- Verde claro – linfócitos T;
- Azul – linfócitos NK;
- Verde escuro – neutrófilos.
A imagem mostra CD10 positivo, CD11c positivo homogêneo forte, CD20 positivo homogêneo, CD25 positivo homogêneo, CD43 negativo, CD103 positivo heterogêneo.
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Referências
LORENZI T. F. ATLAS DE HEMATOLOGIA: Clínica Hematológica Ilustrada. Edição 2006 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
MELO Marcio; SILVEIRA Cristina. Laboratório de hematologia Teorias, Técnicas e Atlas. 2d. Rio de Janeiro: Rubio, 2019.
JUNIOR Lacy Cardoso de Brito; BARBOSA Suane Reis; FRANCES Larissa Tatiane Martins. Relato de casos de leucemias de células pilosas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Brasil, 2011.
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