HEMOGLOBINA: FUNÇÕES E IMPORTÂNCIA CLÍNICA

A hemoglobina é uma metaloproteína fundamental para a oxigenação tecidual, localizada no interior das hemácias. Sua estrutura é composta por cadeias polipeptídicas, globinas associadas ao grupo heme contendo ferro, permitindo a ligação e o transporte eficiente do oxigênio dos pulmões para os tecidos, bem como a remoção do dióxido de carbono.
Além de sua função primordial no transporte gasoso, a hemoglobina desempenha um papel importantíssimo na homeostase e no equilíbrio ácido-base do organismo. Sua síntese e conformação estrutural são reguladas por fatores genéticos e fisiológicos, e alterações qualitativas ou quantitativas podem resultar em diversas doenças hematológicas.
Suas funções principais são:
- Transportar o oxigênio molecular dos pulmões aos tecidos;
- Transportar o C02 dos tecidos para os pulmões;
- Fazer o tamponamento sanguíneo com a finalidade de prevenir mudanças no pH (efeito Bohr).
ESTRUTURA DA HEMOGLOBINA:
Sua estrutura é formada de uma proteína esferoide, globular, composta por quatro cadeias de globina e quatro grupos heme (protoporfirina), aos quais está ligado o átomo de ferro, na forma ferrosa. É no átomo de ferro que se liga o oxigênio.
A Hb atua de forma cooperativa, ou seja, a ligação de oxigênio a um grupo facilita a ligação nos demais, tornando o transporte de oxigênio eficiente.
Fonte: Diagnóstico laboratorial das hemoglobinopatias. Ministério da saúde, 2024.
HEMOGLOBINA NO DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
A medição da hemoglobina no hemograma é essencial para identificar anemias, sendo este um distúrbio gerado por outro motivo (causa raiz). Assim através do quadro anêmico, é possível discorrer por diversas patologias, a exemplo das hemoglobinopatias, como a anemia falciforme e as talassemias. Essas condições resultam de mutações que afetam a estrutura ou produção da hemoglobina.
No hemograma, podemos avaliar a hemoglobina através do eritrograma, temos como exemplos de valores de referência: Homens adultos, situam-se entre 13,0 e 18,0 g/dL, enquanto para mulheres adultas, entre 12,0 e 15,5 g/dL.
O próprio hemograma, muitas vezes confere pistas para menor ou maior suspeita da causa da anemia. Além de níveis elevados poderem sugerir policitemia, condição que também requer avaliação médica para identificar sua etiologia e orientar a terapêutica apropriada.
Valores críticos, que exigem comunicação médica imediata, são:
Fonte: PNCQ – Programa Nacional de Controle de Qualidade. Valores críticos no laboratório clínico – REV3.
CONCLUSÃO:
A hemoglobina é um componente essencial para a avaliação clínica, funcionando não apenas como transportadora de oxigênio, mas também como um marcador-chave no diagnóstico de diversas condições hematológicas.
A aplicação de técnicas laboratoriais avançadas permite identificar alterações quantitativas e qualitativas, auxiliando no diagnóstico precoce, no acompanhamento e na conduta adequada, garantindo um manejo mais preciso e eficaz dessas condições.
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Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico laboratorial das hemoglobinopatias. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2024.
OLIVEIRA, R. A. G. Hemograma: Como fazer e interpretar. –2.ed.– São Paulo: Red publicações, 2015.
PNCQ – Programa Nacional de Controle de Qualidade. Valores críticos no laboratório clínico – REV3. Rio de Janeiro: PNCQ, 2022.
SILVA, P. H. da et al. Hematologia laboratorial: teoria e procedimentos. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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