TROMBOCITOPOIESE

TROMBOCITOPOIESE

A trombocitopoiese é o processo responsável pela formação e renovação das plaquetas, estruturas anucleadas derivadas do citoplasma do megacariócito. As plaquetas desempenham papel essencial na hemostasia primária, promovendo a adesão e agregação plaquetária, e na hemostasia secundária, interagindo com os fatores de coagulação. 

Além disso, estão envolvidas em processos trombóticos e podem ser responsáveis por patologias quando há variações quantitativas ou funcionais. Em condições fisiológicas, seu número permanece estável, variando entre 150.000 e 450.000 plaquetas/µL, com uma taxa de renovação diária de aproximadamente 35.000 plaquetas/µL.

A produção de plaquetas se inicia no saco vitelínico durante a embriogênese, passando para o fígado fetal e, posteriormente, estabelecendo-se na medula óssea. Esse processo é derivado da célula-tronco hematopoiética da linhagem mieloide, que origina a unidade formadora de eritrócitos e megacariócitos. A diferenciação segue para a célula BFU-Meg (burst-forming unit megakaryocyte), responsável por sustentar a produção plaquetária, evoluindo para a unidade formadora de megacariócitos (CFU-MK) e, em seguida, para as fases de maturação do megacariócito.

Os megacariócitos passam por diferentes estágios de desenvolvimento na medula óssea. 

  • O megacariócito estágio I, ou megacarioblasto, representa 20% das células megacariocíticas, caracterizando-se por um núcleo único com cromatina homogênea e citoplasma basofílico. 
  • O megacariócito estágio II compõe cerca de 25% da população megacariocítica e apresenta um núcleo lobulado e citoplasma mais granulado. 
  • Já os megacariócitos estágios III e IV são células volumosas, com grande citoplasma e uma relação núcleo/citoplasma bastante reduzida, sendo responsáveis pela produção final das plaquetas.

Megacariócito. Fonte: Atlas del GECH.

Um aspecto único da trombocitopoiese é a endomitose, um processo de divisão celular no qual ocorre duplicação do DNA sem citocinese. Esse mecanismo resulta em células poliploides, podendo alcançar até 64n. O aumento da ploidia acompanha a expansão do citoplasma, essencial para a liberação das plaquetas. Inicialmente, acreditava-se que as plaquetas se formavam a partir de um sistema de demarcação de membranas, mas evidências atuais indicam que esse processo ocorre por meio da formação de pró-plaquetas. Durante essa fase, o citoplasma do megacariócito emite prolongamentos, chamados pseudópodos, que se afinam progressivamente até liberarem plaquetas funcionais. Após esse evento, o corpo celular residual do megacariócito sofre apoptose.

Liberação de plaquetas pelo megacariócito. Fonte: Portal Lab.

TROMBOPOIETINA:

Cada megacariócito é capaz de originar entre 1.000 e 5.000 plaquetas. Esse processo é regulado por uma série de fatores, sendo a trombopoietina (TPO) o principal regulador. 

A produção de TPO ocorre de maneira constitutiva e sua concentração plasmática é determinada pelo número de plaquetas circulantes. Quanto menor a contagem plaquetária, maior a disponibilidade de TPO livre para estimular a proliferação e diferenciação de megacariócitos na medula óssea.

Além da TPO, outras citocinas também influenciam a trombocitopoiese, incluindo interleucina-3 (IL-3), fator estimulante de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF), interleucina-6 (IL-6), interleucina-11 (IL-11) e fator inibidor de leucemias (LIF). No entanto, nenhum desses fatores isoladamente exerce um impacto significativo na produção de plaquetas, sendo a TPO o principal mediador desse processo. 

Além de sua função na trombocitopoiese, a TPO apresenta uma forte homologia com a eritropoietina, atuando sinergicamente para expandir progenitores eritroides e estimular a eritropoiese.

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FAILACE. R.; FERNANDES, F. Hemograma: Manual de interpretação. 6° ed. Artmed. 2015.

OLIVEIRA, R. A. G. Hemograma: Como fazer e interpretar. –2.ed.– São Paulo: Red publicações, 2015.

NAOUM, F. A. Doenças que alteram os exames hematológicos. São Paulo: Atheneu, 2010.

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