PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA – PTI

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA – PTI

A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença autoimune rara, caracterizada pela destruição das plaquetas do sangue devido à ação de autoanticorpos. Esses anticorpos, geralmente da classe IgG, se ligam às glicoproteínas presentes na superfície das plaquetas, em particular à GPIIb/IIIa, marcando-as para destruição pelos macrófagos no baço. Esse processo leva à redução na quantidade de plaquetas circulantes no sangue, resultando em uma condição conhecida como trombocitopênia periférica. 

Embora a causa exata da PTI ainda não seja totalmente compreendida, sabe-se que ela é desencadeada por mecanismos autoimunes que provocam essa destruição acelerada das plaquetas.

A PTI pode ser classificada de acordo com a faixa etária do paciente afetado, sendo comum em crianças, especialmente na forma aguda, e em adultos, especialmente mulheres jovens, no caso da forma crônica. A manifestação aguda é geralmente autolimitada, desaparecendo espontaneamente com o tempo, enquanto a forma crônica pode persistir por mais tempo e frequentemente exige acompanhamento médico contínuo. 

Mesmo sendo uma condição adquirida e, na maioria das vezes, benigna, a PTI pode ser grave em alguns casos, com o risco de complicações hemorrágicas devido à baixa contagem de plaquetas, o que torna a identificação e o tratamento precoces essenciais.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

Entre os sintomas mais comuns estão a púrpura cutânea, que se manifesta como manchas roxas na pele, resultantes de pequenos sangramentos sob a epiderme. As petéquias, que são pequenos pontos vermelhos ou roxos na pele, causados por sangramentos pontuais.

Além disso, é frequente o sangramento gengival e nasal, com episódios espontâneos. As mulheres com PTI também podem enfrentar sangramentos menstruais excessivos, com períodos mais intensos e prolongados. 

Em casos mais graves, pode ocorrer sangramento gastrointestinal, com a presença de sangue nas fezes ou até mesmo vômito sanguinolento. Em situações críticas, a PTI pode evoluir para sangramentos em outros órgãos, o que representa um risco significativo à saúde, exigindo intervenção médica imediata.

HEMOGRAMA NA PTI:

A principal alteração no hemograma de pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática é a trombocitopenia isolada, caracterizada pela redução significativa das plaquetas sem outras condições associadas. 

Em geral, os níveis de hemoglobina e a contagem de leucócitos, permanecem dentro dos valores de referência. Além disso, é comum observar um aumento no volume plaquetário médio (VPM) e na amplitude de distribuição das plaquetas (PDW), indicando uma possível resposta compensatória da medula óssea.

No entanto, em casos de sangramentos intensos, pode ocorrer anemia secundária devido à perda excessiva de sangue.

O esfregaço de sangue periférico frequentemente revela a presença de macroplaquetas, plaquetas de tamanho aumentado, o que sugere uma tentativa da medula óssea de compensar a destruição das plaquetas periféricas.

Macroplaquetas em esfregaço sanguíneo.

O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada

Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação. Isso porque, um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.

Por isso, unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino.

Além disso, contamos com um corpo docente altamente qualificado, composto pelos melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação. Nossa metodologia, que combina teoria e prática da rotina laboratorial, garante um aprendizado efetivo e de qualidade.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Referências:

ALVES, Ana Klara Rodrigues et al. Púrpura trombocitopênica idiopática: uma doença subdiagnosticada. Revista Sustinere, v. 9, n. 1, p. 50-64, 2021. 

DA CONCEIÇÃO, Maria Fátima. PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SÃO PAULO, 2013. Disponível em <https://www.fehosp.com.br/files/circulares/0b10b8c6babb73549fd059fc8f60fc7d.pdf> . Acesso em 16 Dez. 2024.

PADOVANI, T. R.; NOVO, J. L. V. G.; SIMEZO, V.; GARCIA, C. G.; SANSANOVICZ, D. Púrpura trombocitopênica idiopática na gravidez. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Sorocaba, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 22–23, 2012.

TONACO, Leandro C. et al. Púrpura trombocitopênica trombótica: o papel do fator von Willebrand e da ADAMTS13. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 32, p. 155-161, 2010.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Promoção de

Lançamento