DESVIO À ESQUERDA

DESVIO À ESQUERDA

Escalonado e Não Escalonado: Importância Clínica

O desvio à esquerda é um termo utilizado para descrever uma alteração no perfil de leucócitos do sangue, especificamente no número e na maturidade dos neutrófilos. Este fenômeno é um indicador importante em diversos contextos clínicos e pode fornecer informações cruciais sobre o estado de saúde do paciente.

Em condições normais, os leucócitos que podem ser observados no sangue periférico são os neutrófilos bastonetes e segmentados, eosinófilos, basófilos, linfócitos típicos e reativos, e monócitos.

A situação em que a avaliação dos valores relativos adquire maior importância é no desvio à esquerda, especialmente na vigência de leucocitose, seja decorrente de infecções que, de modo geral, estimulam o aumento da produção de leucócitos pela medula, além do aumento da atividade inflamatória do organismo; ou mesmo em doenças malignas.

Denomina-se desvio à esquerda a presença de precursores granulocíticos (bastonetes com valor superior a referência, metamielócitos, mielócitos e, por vezes, até promielócitos e blastos) no sangue periférico, assumindo-se de forma didática que a linha normal de maturação seja representada da esquerda para a direita:

desvio à esquerda

Fase maturativa do neutrófilo. Promielócito; Mielócito; Metamielócito; Neutrófilo bastão e Neutrófilo Segmentado. Fonte: CellWiki

Importância Clínica do Desvio à Esquerda

O desvio à esquerda é clinicamente relevante porque pode indicar uma resposta inflamatória ou infecciosa aguda. As principais condições associadas ao desvio à esquerda incluem:

  1. Infecções Agudas: O aumento das formas imaturas de neutrófilos, geralmente ocorre em resposta a infecções bacterianas graves, onde a medula óssea aumenta a produção de neutrófilos para combater a infecção.
  2. Inflamações: Condições inflamatórias, como artrite reumatoide ou doenças inflamatórias intestinais, podem também causar um desvio à esquerda.
  3. Estresse Metabólico: Situações de estresse severo, como trauma físico ou cirurgias grandes, podem levar a uma resposta inflamatória acompanhada por um desvio à esquerda.
  4. Leucemias e Outras Neoplasias Hematológicas: O desvio à esquerda pode ser observado em algumas formas de leucemias e distúrbios hematológicos, onde há uma produção desregulada de células imaturas.

Desvio à Esquerda Escalonado vs. Não Escalonado

O desvio à esquerda pode ser escalonado, quando a presença dos precursores granulocíticos na circulação respeita a ordem de maturação, fazendo com que a proporção de células maduras seja maior do que as células mais jovens, ou não escalonado, quando quantitativamente, a  ordem não é respeitada.

O escalonamento pode indicar uma resposta inflamatória ou infecciosa em andamento. As fases imaturas aparecem em uma sequência que reflete a maturação normal dos neutrófilos, mas a presença dessas formas é mais acentuada e pode ser observada em maior quantidade.

Um não escalonamento pode indicar uma produção desregulada ou anormal de neutrófilos. Esse tipo de desvio pode ocorrer em condições mais graves, como leucemias agudas, onde há uma liberação abrupta de células imaturas na circulação. Ou mesmo uma falência progressiva da própria medula óssea.

Em conclusão, o desvio à esquerda é uma alteração hematológica importante que pode fornecer pistas sobre a presença e a gravidade de várias condições clínicas. Diferenciar entre desvio à esquerda escalonado e não escalonado é auxilia para a correta interpretação dos resultados laboratoriais e para o planejamento do tratamento adequado (Área médica). 

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Referências

Naoum, Flávio Augusto Doenças que alteram os exames hematológicos / Flávio Augusto Naoum. – 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017

De Souza Mota, Isabella; dos Santos Castro, Fabíola Fernandes. Relação entre reação leucemoide neutrofílica e doenças infecciosas. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, v. 33, n. 2, p. 83-96, 2021.

BORTOLHEIRO, Teresa Cristina; CHIATTONE, Carlos S. Leucemia Mieloide Crônica: história natural e classificação. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 30, p. 3-7, 2008.

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